quarta-feira, 18 de abril de 2007

Resumo da Ópera

Lulla e FHC assumiram dois países completamente diferentes.

Na realidade de 1992, há 14 anos, o principal era estabilizar a moeda nacional e recuperar a economia brasileira; medidas fundamentais para acabar com a hiperinflação e retomar uma relação de confiança com o mercado internacional.

Estávamos nos recuperando do desastroso Gov. Collor e de um "Plano Econômico" indecente, que confiscara o dinheiro dos cidadãos (na tentativa de baixar o poder de compra dos brasileiros e estancar a inflação galopante). A indignação dos prejudicados pelo confisco, aliada à ambição política do PMDB e do PT, resultou no fatídico impeachment do presidente. Nossa economia faliu, a inflação disparou e a pouca credibilidade que tínhamos lá fora se extinguiu...

Eis a realidade que FHC enfrentou quando assumiu o Brasil. Obviamente, não adiantava sonhar com grandes realizações sociais sem antes "arrumar a casa". Assim, o desafio era estabelecer um crescimento sustentado, que recuperasse a economia e derrubasse a inflação. Sem isso, não adiantava nem fazer "planos para o futuro"!

No segundo mandato, apesar das crises e oscilações oriundas da capitalização mundial, a nossa economia se recuperava e já se podia pensar nos projetos sociais com mais positivismo. Mesmo com queda de popularidade, o governo FHC resistiu às pressões e começou a elaborar planos para essa área. Apesar de 4 anos não serem suficientes para obter resultados compatíveis com a magnitude da miserabilidade do povo brasileiro, as diretrizes foram criadas e as metas, estabelecidas.

Daí por que, um inédito "Governo de Transição" foi colocado em prática. A partir deste, a equipe de FHC entregaria o "mapa da mina" à equipe de seu sucessor.
Como um grande ESTADISTA, o raciocínio do presidente FHC na época foi lógico; Lulla fora o escolhido pela maioria e, portanto, era essencial criar um mecanismo que facilitasse a manutenção da economia e a continuação dos programas sociais que estavam "nascendo"!!

Eleito para "mudar", o PT apenas continuou o que já estava dando certo.

Mas, pq o POVO não sentiu o que "estava dando certo"? Por que ninguém percebeu o que estava sendo feito?

Primeiro, pela complexidade da meta pretendida. Projetos bons e responsáveis não são concluídos em um mandato, nem em dois, nem em três... No caso do Brasil; 500 anos de miséria e injustiças sociais não seriam superados apenas com "boa-vontade", e muito menos em tempo recorde.

A partir da globalização, a economia mundial passou a exercer papel fundamental nas diretrizes da política interna, complicando ainda mais as perspectivas dos países em desenvolvimento. Em 1997, a Crise da Ásia provocou uma piora na conjuntura internacional, e em meados de 98 a situação se agravou com a crise da Rússia. Tais adversidades provocaram mudança no regime cambial, e algumas reformas se tornaram imprescindíveis para gerar resultados no plano fiscal. Foi preciso recorrer ao FMI, e tudo isso acabou retardando alguns dos resultados esperados, criando uma reação negativa.

Segundo, por que infelizmente o PT tem uma ideologia mesquinha e limitada, governa para alguns, pratica um populismo de baixo nível e se alimenta do analfabetismo político da maioria. Assim, a Oposição tornou o último ano de FHC um inferno!

Oportunista, fez o chamado "terrorismo eleitoral"; aproveitou-se das brechas, explorou a tensão pré-campanha, tratou questões fundamentais de forma leviana, maquiou resultados para gerar desconfiança nos investidores externos, votou contra reformas imprescindíveis, etc.

A população foi levada a um estado de histeria, o medo da inflação, e a recessão gerada a partir da estabilidade econômica (nada fora do normal, se analisadas as condições), fizeram com que surgissem dúvidas quanto ao futuro.

Ao mesmo tempo, a cúpula petista rendia-se ao sucesso da nova moeda e, oportunamente, o discursinho subversivo de Lula foi “reformado”. O cenário político estava ideal; eram "todos contra Serra", e mudanças inconsistentes eram invocadas pelas massas manipuladas.

E, dessa forma, o ParTidinho chegou ao tão sonhado poder...
Invocando o social e mantendo a política econômica, agora se comporta como criador dos projetos elaborados pelo governo anterior, o qual faz questão de difamar.

Para que todos se esqueçam dos avanços conquistados, comparam-se números manipulados, a partir de relatórios “equivocados”. Para confundir o eleitorado, as crises da época foram minimizadas e os dados de comparação, retirados do último e tumultuado ano do governo FHC.

E no Social, Presidente Lulla?

Para mostrar serviço, trocaram os nomes dos programas sociais. Para alcançar as expectativas, fizeram mudanças insossas e simularam ações que não aconteceram. Para forjar o sucesso do “Fome Zero”, estatísticas são inventadas e números, invertidos!

CURIOSAMENTE, verdade seja dita, o verdadeiro idealizador e primeiro gestor desse projeto foi o Senador Cristovam Buarque, antigo petista, Ministro de Lulla até ser demitido em 2004, por telefone. PORÉM, o Programa Nacional do Bolsa Escola foi criado em 2001, com a proposta de conceder benefício monetário mensal a milhares de famílias brasileiras em troca da manutenção de suas crianças nas escolas.
FINALMENTE, O ENGODO!
Veja quantas voltas, só para enganar o povo...

O BOLSA FAMÍLIA, projeto social que praticamente substituiu o famigerado “Fome Zero”, nada mais é, do que a “integração dos programas remanescentes Auxílio-Gás, Bolsa Escola, Cartão Alimentação e Bolsa Alimentação”.
Reformulados na aparência, ganharam nova redação, nova legislação, novo cadastro (o que foi péssimo, aliás) e o símbolo “Brasil Para Todos” no rodapé... Mesmo assim, qq pessoa com Q.I. maior de 25, que analisar os meios e os fins dos programas em pauta, irá notar a “semelhança”.

Assim como o Bolsa Escola, os outros programas de assistência social que integram o “Bolsa-Família” de Lulla também foram implantados no governo de FHC; como por exemplo o Auxílio-gás e o Bolsa-Alimentação.

Obs: Texto assinado por Agatha FL

2 comentários:

Anônimo disse...

Análise perfeita! (:

Só uma correçãozinha.. Cristovam foi demitido em 2004, e não em 94! :P

Agatha FL disse...

É verdade, Mitchel... Cristovam foi demitido em 2004... Perdoem meu ato falho!!
:-)