terça-feira, 10 de abril de 2007

COMEÇOU O DOMINÓ DO APAGÃO AÉREO...

Agência Estado
09/04/2007 - 20h01

Crise aérea provoca quatro demissões na Infraero
Brasília - A ameaça de abertura da CPI do Apagão Aéreo, alimentada por investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) com foco na Infraero, fez quatro vítimas hoje. De uma só tacada, por decisão do Conselho de Administração da Infraero, foram demitidos o diretor comercial da empresa, José Wellington Moura, e o superintendente de Planejamento e Gestão, Fernando Brendaglia, além dos advogados Napoleão Guimarães Neto e Márcia Gonçalves Chaves, ambos da Assessoria Jurídica.
As demissões ocorreram no auge de uma guerra de bastidor entre o ex-presidente da Infraero, deputado Carlos Wilson (PT-PE), que contratou Moura e Brandaglia, e seu sucessor no comando da empresa, brigadeiro José Carlos Pereira, que manteve a dupla no quadro de funcionários. Em meio ao fogo cruzado, a pauta da próxima reunião do conselho inclui uma licitação suspeita para a compra de 79 ônibus no valor de quase R$ 50 milhões, que o brigadeiro Pereira terá de explicar.
O motivo oficial da degola múltipla, sugerida pela Controladoria Geral da União (CGU), envolve cifras bem mais modestas - cerca de 0,02% do valor dos ônibus - e a comprovação de irregularidade em contrato da Infraero com a Shell Brasil S/A. O contrato em questão refere-se à concessão de uso de área para exploração de um posto de combustível nas dependências do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, e foi objeto de auditoria interna.
Christiane Samarco

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