sexta-feira, 13 de abril de 2007

A culpa é do norte

Outro dia li um bom livro que cita, entre várias outras, certa mania latina de culpar os irmãos do norte, a Europa, o Japão, enfim, culpar aqueles que atingiram o que nós não conseguimos. O título do livro é O manual do perfeito idiota latino-americano, cujos autores são Plínio Mendonza, Carlos Montaner e Alvaro Llosa. Corroborando a idéia do livro o presidente argentino Néstor Kirchner foi bravo e reclamou com o FMI. Portanto, mais uma vez um latino-americano joga a culpa nos outros, que, neste caso, é no FMI.

O presidente argentino foi incisivo quando disse: "Senhor Rato, com todo o respeito que merece seu cargo, dedique-se a falar de outros, porque nós não concordamos com você". Com esta afirmação demonstrou seu conceito de democracia. Deve se aproximar muito do pensamento do "hermano" Chávez.

Néstor Kirchner ressaltou que o FMI "já não pode dizer o que a Argentina deve ou não fazer", e recordou a fome, as pressões sofridas, os desempregados, o grande endividamento que teve, enfim, a quebra daquele Estado. Creio que ele tenha tentado dizer que o estado de moratória foi culpa do FMI e não das más administrações que eles tiveram. Entretanto, vale salientar que quando ela quebrar de novo e os argentinos forem pedir ajuda mais uma vez, então ele, o vampiro da pobreza alheia poderá criticar outra vez a Argentina. Grande pensamento! Portanto, o país tem que quebrar para poder escutar sugestões. Muito boa essa! Esses compañeros de Lula são bons pensadores!

Motivo

A causa deste estresse todo do populista Kirchner é que o Rodrigo Rato alertou que as medidas administrativas tomadas pelo governo argentino para controlar a inflação são uma solução de curto prazo. Rato asugeriu que a política monetária deveria possuir um papel mais significativo no controle da inflação do país. Pronto!, foi suficiente para soltar os cachorros.

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