segunda-feira, 30 de abril de 2007

O Pior do Brasil é o Brasileiro

Lula é a síntese do nosso povo, um símbolo. Se fosse preciso escolher dentre mais de 190 milhões de habitantes aquele que possui de forma mais perfeita todas as nossas características, Lula seria essa pessoa. Não falo só da sua ignorância, do seu pouco gosto pelo estudo e pelo trabalho. Não falo nem do seu pendor para a bebida e o futebol. Apesar de todas essas serem características do nosso povo, o conceito onde Lula nos representa melhor é na malandragem tupiniquim, o famoso jeitinho brasileiro.

Do alto de 37 ministérios, 114 estatais e um orçamento de mais de 800 bilhões de reais, Lula vai expondo as vísceras mais podres da república. Retalhados entre o exército de mercenários, os mais altos cargos da nossa sociedade são ocupados por ineptos, indignos dos postos a que são alçados. Lula colocou dirigente partidário como chefe da polícia federal, uma ministra racista no comando do ministério da desigualdade, um abortista na saúde, uma terrorista na casa civil, um jornalista duvidoso na comunicação social, um incitador de revoltas no ministério da defesa.

A pior face desse governo é a explicitação de que nós somos um povo à venda. Nada pode ser mais doloroso para quem ainda tem um pouco de dignidade, ver uma pessoa como o secretário de ações de longo prazo ter que engolir cada palavra que vociferou contra o presidente há pouco mais de um ano. Penso no prazer que o déspota deve sentir ao ver beijando sua mão quem outrora lhe atirava pedras. A satisfação sádica de comprovar a falta de caráter e o apego ao poder que suplanta a dignidade.

Por outro lado, posso supor o que sente gente da laia de um Jáder Barbalho, José Sarney ou Orestes Quércia. Todos esses, são hoje, defendidos pelo chefe da nação, em público. Eles são "vítimas", segundo nosso presidente. E o que somos nós, senhor presidente?

Segundo Arnaldo Jabor, somos "otários" e os parlamentares que gastaram 4 milhões de litros de combustível em 3 meses, são "canalhas". Mas o pior é que agora estamos perdendo o pouco que temos de democracia. A imprensa é o alvo do segundo mandato de Lula. Maindardi foi julgado antes de se defender. Jabor, processado por dizer a mais pura verdade.

Estamos aguardando o nosso processo. Em minha defesa, vou argumentar que não merecemos a democracia. "São milhões de Lula povoando esse país".


domingo, 29 de abril de 2007

Que companheiro!

29/04/2007 - 18h23Chávez quer promover Alba com cooperação petroleira e descarta biocombustíveis

De Nina NegrónEm Barquisimeto, Venezuela

A Venezuela, o principal produtor de hidrocarbonetos da América do Sul, oferece seu petróleo abundante como elemento propulsor da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), mecanismo com o qual deseja dar uma virada nos mecanismos de integração regional baseado em acordos comerciais.

A reunião de cúpula de Barquisimeto (sudoeste de Caracas) neste fim de semana reuniu os presidentes da esquerda radical Evo Morales (Bolívia), Daniel Ortega (Nicarágua) e Hugo Chávez (Venezuela), além do vice-presidente cubano, Carlos Lage, e o presidente haitiano René Preval, convidado para o evento.

Chávez garantiu a eles suprir todas as suas necessidades em petróleo e financiar 50% de sua fatura petroleira.

A oferta consiste no pagamento em 90 dias de 50% da fatura. Os outros 50% seriam divididos em 25% para serem reembolsados em 25 anos, com dois anos de carência e juro anual de 2%, e os outros 25% que a estatal Petróleos de Venezuela colocará num fundo comum da Alba, segundo explicou Chávez na reunião deste domingo.

Para o Haiti, a Venezeula oferece 18.000 barris diários (bd) de petróleo e para a Bolívia 8.300 barris diários de diesel. A Venezuela já fornece 92.000 barris diários para Cuba com facilidades financeiras.

O presidente venezuelano não especificou qual seria o volume destinado à Nicarágua.

A proposta visa à criação de empresas mistas de caráter governamental, como as que já funcionam entre Cuba e Venezuela, para refinar o petróleo.

Além disso, a Venezuela propôs construir usinas de regasificação nos países da Alba e no Haiti como "alternativa ao gasoduto".

"É energia limpa, muito mais barata que a originada pelos hidrocarbonetos", ressaltou Chávez, que também propôs incentivar as energias alternativas como a eólica e a solar.

"Não vemos os biocombustíveis como alternativa, e sim apenas para limpar os combustíveis. Nós nos negamos a produzir etanol com arroz ou girassol", enfatizou.

O encontro foi marcado por um tom bem político, com reiterados chamados contra o capitalismo e o imperialismo.

No discurso de abertura, no sábado, Ortega evocou a luta armada do Frente Sandinistas: "Quando empunhamos armadas tínhamos o mesmo objetivo de agora. Apostávamos em destruir e acabar com a dominação imperialista e capitalista".

Lage, por sua vez, disse que a "integração é subordinar a economia à política. A integração que buscamos é a de nossos povos, não de nossos mercados".

No mesmo tom, Morales destacou que a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) promovida pelos Estados Unidos, contra a qual a Alba surgiu, "é a área de livre colonização".Os presidentes destacaram que a Alba, ao contrário dos demais mecanismos que funcionam na região, é um "grupo de união de nações mais do que de intercâmbio comercial" e enfatizaram os laços de identidade política e de amizade que os unem.

Nesse sentido, para a foto oficial do encontro, os presidentes escolheram o povoado de Tintorero, na periferia da cidade, onde funciona um núcleo de artesãos.

Além de conhecer o projeto, os presidentes pretendem estabelecer um diálogo com cerca de 150 representantes de movimentos sociais da América Latina.

Os delegados de movimentos como os Sem-Terra brasileiro e a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional de El Salvador, estarão presentes para assinar a "Declaração de apoio dos líderes sociais à Alba".

Os presidentes também participaram na inauguração dos II Jogos Desportivos da Alba, com atletas de 45 modalidades representando 31 países.

Na cúpula, participa também a chanceler equatoriana, María Fernanda Espinosa, que vai servir de observadora de seu país para uma futura adesão do governo de Rafael Correa, igualmente promotor do "socialismo do século XXI", ao grupo.

Os primeiros acordos da Alba foram assinados entre Cuba e Venezuela em dezembro de 2004, mas o grupo se formalizou em abril de 2005. Em 2006, o grupo recebeu a Bolívia e, em janeiro deste ano, foi a vez da Nicarágua.

Inimigos

Lula falou em moeda da América do Sul há poucos dias, Chávez acaba com a festa e fala da Alba. Ela é algo ainda mais atrasado do que o Mercosul do ponto de vista do nível de integração econômica. É isso mesmo, ainda mais atrasada que o Mercosul. Dá para imaginar? Sei que não. Por isso é que Chávez acabou com a festa.

Mas não só isso. Chávez demonstrou o interesse dele pelos biocombustíveis, ou melhor, o seu não interesse. Claro! Ele tem que proteger seu povo e ele mesmo. O problema é o governo brasileiro continuar fazendo investimentos na Venezuela e manter certo nível de aproximação que não possui retribuição proporcional.

Brasil é bondoso com a Bolívia. Bolívia puni o Brasil. Brasil é bondoso com Venezuela. Venezuela puni o Brasil. Quem paga a conta? Nós (os eleitores e os não eleitores de Lula)

sábado, 28 de abril de 2007

Era só o que faltava...


Sem noção do ridículo, o presidente canastrão apronta com mais um golpe de marketing barato.

NINGUÉM MERECE!!!!!!!!!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Compreensão e resumo

O blog pede compreensão aos seus leitores pela falta de publicações nesta semana. Espero que corrijamos essa nossa falha organizacional para que tenhamos, ao menos um texto por dia. Neste texto, pretendo fazer uma rápida síntese de alguns acontecimentos desta semana.

Desculpas à parte, a semana foi repleta de novidades, como de costume. Nosso presidente ensaiou mais algumas piadas. A que me recordo mais claramente concerne à promessa de que América do Sul terá sua moeda até 2010. Ahahah!! A Europa levou cerca de cinqüenta anos para atingir este nível de integração econômica. Mas para Lula bastarão 4 para chegarmos lá, posto que o Mercosul deixou de ser há muito um bloco econômico. Ou seja, teremos que voltar a constituir um bloco, para, então almejarmos a União Econômica – nível de integração que possui, entre outras características, a moeda única.

Tivemos o desenrolar do caso Diogo-Franklin, no qual o Juiz admitiu ter produzido um rito processual diferente daquele expresso em lei. Em outras palavras, ele assumiu que cometeu ilegalidades no transcorrer processual. Na verdade, ele transbordou o texto de aspas para poder eximir-se de qualquer interpretação fora do seu gosto e, ao mesmo tempo, dizer o que de fato fez para que a sentença fosse de conhecimento de Franklin e não de Diogo.

Recordo ainda o caso da falsa greve dos funcionários do Metrô que houve em São Paulo, que por sinal foi muito bem desarticulada pelo secretário José Luiz Portella. Esta greve seria para defender o veto do presidente Lula à Emenda 3. É...!, aquele veto que trata de enfiar a mão no bolso das pessoas jurídicas prestadoras de serviços e que trabalham formalmente, pagando seus impostos.

O Brasil possui cerca de 54% de trabalhadores informais e o governo ainda quer fazer com que os formais tornem-se informais, pois será o que vai acontecer caso o veto não seja derrubado pelo Congresso. Os leitores devem estar se perguntando: mas o que os metroviários têm a ver com isso tudo? Nada. Então por quê eles iriam fazer greve? Porque o sindicato os orientou para a greve. Por que então o sindicato queria que os metroviários fizessem greve? Para que a cidade de São Paulo sofresse, e que este sofrimento fosse atribuído ao Congresso ou ao governo de São Paulo, onde caísse estava bom. Só que o leitor atento ainda está com a pulga atrás da orelha. Ainda não enxergou o verdadeiro motivo. Pois lhes digo. Toda essa suposta mobilização tem de interesse último abocanhar parte dos salários dos atuais prestadores de serviço via imposto sindical, quando estes, e se estes, deixarem de ser tidos como prestadores de serviços e passarem a ser considerados empregados na forma da CLT.

Não posso deixar de citar o caso em que o comentarista Arnaldo Jabor foi avisado de que seria processado pelos deputados, segundo o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. É isso mesmo! Depois de Diogo Mainardi, agora será a vez de Arnaldo Jabor. Deixe-me explicar um pouco o contexto que fez com que o presidente da Câmara desse este aviso ao comentarista. No comentário de terça-feira feito na CBN, Jabor referiu-se aos gastos dos parlamentares com combustível durante os meses de fevereiro e março que atingiu a incrível cifra de R$ 11,2 milhões de reais. Fazendo algumas continhas chegamos a conclusão de que eles consumiram cerca de 4.087.591 litros de combustível. Vamos lá: quatro milhões e oitenta e sete mil e quinhentos e noventa e um litros de combustível. Jabor repetindo os cálculos dos repórteres Guilherme Scaranzi e Silvio Amorim de O Estadão, afirmou que “os deputados teriam gasto um milhão de litros de gasolina”.

Enfim, o fato é que seria muito combustível. Nessa estimativa menor teríamos, segundo Jabor, que os deputados percorreram algo em torno de 250 voltas no mundo ou viajado a Lua 15 vezes. Nessa conjuntura de avaliação o cineasta chamou os deputados de “canalhas”, sendo este, portanto, o motivo pelo qual querem processá-lo.

Creio que este último parágrafo deva ser mais aprofundado, e tratarei sobre cerceamento de liberdade de imprensa e de expressão em outro tópico.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Por Que Não Existem Mais FHC´s?

Pela Agência Estado

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou na quarta-feira seu partido, o PSDB, por estar se aproximando do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse ver com “com preocupação” o fato de tucanos subirem a rampa do Planalto, aceitando convites para conversas com o presidente. “O povo está olhando para nós e dizendo: o que vocês são, peixe ou carne de vaca? Que é que vocês são? Senão vamos dar a impressão de que não somos nada”, disse, em entrevista à noite ao Telejornal do Brasil, comandado pelo jornalista Boris Casoy na TVJB.

Na entrevista, FHC deixou claro que não aceitará convites de Lula para um café, principalmente considerando a forma como a relação dos dois evoluiu nos últimos anos. “Não vejo razão para ir. Se for por questões de amizade, já faz 5 anos. Porque não me convidou?”

Ele também afirmou que o momento não é de definir que tucano disputará a Presidência em 2010, mas sim de deixar claro à população a que o PSDB veio, numa referência a Serra e ao governador de Minas, Aécio Neves. FHC disse que o PSDB deve se orgulhar de ter dois possíveis candidatos para a vaga, mas avisou que ambos devem fazer um esforço para assegurar a união. “Tenho tentado dizer aos dois: ou vamos juntos ou vamos perder”, afirmou. “Cabe agora à direção do partido impor um rumo.” Serra, segundo ele, está num início de mandato e tem que provar que é um bom governador. Aécio, por sua vez, precisa reafirmar o sucesso obtido em seu primeiro mandato.

Afirmou que o PSDB tem de voltar a ter “conexão” com a sociedade e “assumir que é o partido da modernização”. “O PSDB tem que dizer: somos competentes, para fazermos andar, e a favor da população, do povo.” Na sua opinião, o PSDB se “acovardou diante do PT” quando Lula chegou à Presidência, demonstrando que não sabia se deveria ou não sair em defesa do que foi feito em seu governo. “Agora o PT chegou aí e fez lambança.”

Também se disse preocupado com a reforma política. “Eu não vejo possibilidade de reforma no quadro atual porque o governo não está empenhado.”

É bom ver que ainda existe alguém que entende de política na oposição brasileira. Objetivo, direto, inteligente, pragmático.

Por que não existem mais FHC´s? Segundo Nietzsche, um povo é o rodeio que faz a natureza para chegar a seis ou sete grandes homens. É forçoso concluir que o filósofo está correto.

terça-feira, 24 de abril de 2007

PSP - Partido dos Sem Político

Pela agência estado

A ex-deputada Zulaiê Cobra se desfiliou do PSDB, nesta terça-feira, 24, acusando a legenda de ter perdido sua identidade oposicionista e fazendo duras críticas às lideranças do partido como o governador de São Paulo, José Serra. "Hoje vim à Brasília, entreguei minha carta de pedido de desfiliação e já estou desfiliada", afirmou, em entrevista à Agência Estado.

Zulaiê disse estar saindo "muito decepcionada" com as atitudes da legenda, principalmente no relacionamento de aproximação com o governo do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. "As pessoas me questionam nas ruas sobre o papel do PSDB na oposição. E o partido, principalmente nos últimos dois anos, no campo da investigação, não tomou a atitude firme que o brasileiro esperava", disse. "Isso me magoou muito", acrescentou.

A ex-deputada criticou principalmente as recentes conversas do presidente da legenda, Tasso Jereissati, do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, também do PSDB, e do governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), com o presidente Lula. As conversas deram margens a especulações de uma suposta aliança entre os dois partidos para as próximas eleições, em 2010.

"O Tasso vai e conversa com o Lula, sem motivo aparente, e sai dizendo que a oposição tem que ser racional. Aí vemos as duas lideranças do partido Serra e Aécio mostrando que querem ser candidatos a presidente em 2010 com o apoio do Lula. E não adianta eles negarem, alguma coisa aconteceu para os jornais começarem a noticiar isso", ressaltou.

Para Zulaiê, as principais lideranças do PSDB nem sequer falam em fazer oposição ao Lula. "Ninguém diz que é contrário a este governo de tantas situações vergonhosas", declarou a ex-deputada, citando as CPIs e as notícias de corrupção que envolveram o PT durante o primeiro mandato de Lula. "Deixo o PSDB de cabeça erguida, em um momento que o partido não tem um perfil distinto, de ser uma oposição", complementou.

A ex-deputada não fala sobre seu futuro político. Zulaiê diz apenas que irá para um partido menor, onde "possa fazer uma verdadeira oposição". "Quero distância do governo Serra, do Kassab. Quero um partido menor onde se faça oposição". A filiação a um novo partido deve ocorrer, segundo ela, só a partir de agosto.

Faz tempo que nós falamos da falta de oposição. Parece que só o DEM tem peito para desafiar o imperador. Recomendo o link:

http://inimigosdopt.blogspot.com/2007/02/o-ano-mal-comeou-mas-os-brasileiros-j.html

Nós estamos de olho. Os eleitores estão de olho, e eles foram 40 milhões a dizer: "Fora Lula". Mas os bravos do PSDB não entendem a voz das urnas. Lamentável.

Governo Lula gasta mais de R$ 1 bilhão em publicidade

da Folha Online
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu recorde histórico ao gastar mais de R$ 1 bilhão com publicidade.Segundo reportagem da Folha (só para assinantes) publicada nesta terça-feira, o valor gasto pelos departamentos da administração direta e indireta sob o comando do PT somaram R$ 1.015.773.838 em 2006.Entre as empresas do governo que investem em publicidade estão a Petrobrás e o Banco do Brasil.Na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os valores gastos com publicidade oscilavam de um ano para outro. Já no governo Lula, os números só crescem.Em entrevista à reportagem da Folha, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, disse que os números da publicidade "refletem uma presença forte das estatais, pois estão entre as maiores do Brasil e precisam competir no mercado'. A Secom deve divulgar todos os dados referentes a 2006 nesta semana, na internet (www.planalto.org.br).
Sem comentários.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

VÍCIOS, LIXOS E ILUSÕES!

NELSON MOTTA

RIO DE JANEIRO - Domingo passado, numa loja de sucos de Ipanema, encontrei o deputado Fernando Gabeira, chegando de bicicleta:"Meu deputado! Quantos eleitores podem dizer isso alto, no meio da rua e com orgulho?".Ele completou, rindo: "E quantos deputados podem sair à rua?".Apenas uma alegre cena carioca, mas com final melancólico: eleitor e deputado se despediram unidos na certeza de que seus esforços, intenções e gestos são inúteis diante da maioria absoluta dos atuais parlamentares e da nova classe que está no poder.Todos os dias, percorro diversas vezes os blogs políticos. Cada vez fico mais nauseado, mas volto sempre. São como doses de veneno que não consigo recusar, como uma droga pesada que nos revela a inutilidade de nossa indignação diante de tanta burrice e torpeza.Nós somos cada vez mais irrelevantes para eles.Esses colunistas políticos, que alimentam meu vício por lixo, mereciam receber um adicional de insalubridade. Pela convivência diária com essa alta ralé que está dando as cartas e cantando o jogo. São overdoses de bandalheiras, cinismo e mentiras que são denunciadas, escondidas e comentadas, mas logo esquecidas. Preciso me livrar dessa droga malhada, como dizia Cazuza.Pode até não parecer, mas gasto muito tempo e esforço para produzir uma simples crônica para este pequeno espaço, na ilusão de contribuir de alguma forma, mas é em vão, ou quase. Diante dessa sensação de tempo perdido, me abrigo em Albert Camus:Sísifo foi condenado pelos deuses a empurrar uma grande pedra até o alto da montanha e, assim que chegava ao topo, ela rolava montanha abaixo, e ele começava tudo de novo, todos os dias, eternamente. Para Camus, era possível imaginar Sísifo feliz. Mas não no Brasil.

Folha on line
Opinião

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A Caminho dos Mil Ministros

A sanha gastadora deste governo está difícil de ser aplacada. Vem aí mais um ministério, secretários, assessores, seguranças, motoristas, fazem-nada, fingem-que-faz, etc.

Pelo G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda criar uma Secretaria Especial de Ação de Longo Prazo, com status de ministério. O órgão seria responsável por fazer o planejamento e manutenção de programas do governo ao longo dos anos.

Um nome especulado para ocupar a pasta é de Roberto Mangabeira Unger, fundador e vice-presidente do PRB, mesmo partido do vice José Alencar. Unger, que coordenou a campanha presidencial de Ciro Gomes, em 2002, tem reunião com Lula prevista para quinta-feira (19).

A idéia é deixar a Secretaria responsável pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), hoje vinculado ao Ministério do Planejamento, e o Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE).

Se concretizada, será a segunda secretaria criada por Lula no segundo mandato com status de ministério. A primeira foi a Secretaria de Comunicação Social, comandada pelo jornalista Franklin Martins.

Resumo da Ópera

Lulla e FHC assumiram dois países completamente diferentes.

Na realidade de 1992, há 14 anos, o principal era estabilizar a moeda nacional e recuperar a economia brasileira; medidas fundamentais para acabar com a hiperinflação e retomar uma relação de confiança com o mercado internacional.

Estávamos nos recuperando do desastroso Gov. Collor e de um "Plano Econômico" indecente, que confiscara o dinheiro dos cidadãos (na tentativa de baixar o poder de compra dos brasileiros e estancar a inflação galopante). A indignação dos prejudicados pelo confisco, aliada à ambição política do PMDB e do PT, resultou no fatídico impeachment do presidente. Nossa economia faliu, a inflação disparou e a pouca credibilidade que tínhamos lá fora se extinguiu...

Eis a realidade que FHC enfrentou quando assumiu o Brasil. Obviamente, não adiantava sonhar com grandes realizações sociais sem antes "arrumar a casa". Assim, o desafio era estabelecer um crescimento sustentado, que recuperasse a economia e derrubasse a inflação. Sem isso, não adiantava nem fazer "planos para o futuro"!

No segundo mandato, apesar das crises e oscilações oriundas da capitalização mundial, a nossa economia se recuperava e já se podia pensar nos projetos sociais com mais positivismo. Mesmo com queda de popularidade, o governo FHC resistiu às pressões e começou a elaborar planos para essa área. Apesar de 4 anos não serem suficientes para obter resultados compatíveis com a magnitude da miserabilidade do povo brasileiro, as diretrizes foram criadas e as metas, estabelecidas.

Daí por que, um inédito "Governo de Transição" foi colocado em prática. A partir deste, a equipe de FHC entregaria o "mapa da mina" à equipe de seu sucessor.
Como um grande ESTADISTA, o raciocínio do presidente FHC na época foi lógico; Lulla fora o escolhido pela maioria e, portanto, era essencial criar um mecanismo que facilitasse a manutenção da economia e a continuação dos programas sociais que estavam "nascendo"!!

Eleito para "mudar", o PT apenas continuou o que já estava dando certo.

Mas, pq o POVO não sentiu o que "estava dando certo"? Por que ninguém percebeu o que estava sendo feito?

Primeiro, pela complexidade da meta pretendida. Projetos bons e responsáveis não são concluídos em um mandato, nem em dois, nem em três... No caso do Brasil; 500 anos de miséria e injustiças sociais não seriam superados apenas com "boa-vontade", e muito menos em tempo recorde.

A partir da globalização, a economia mundial passou a exercer papel fundamental nas diretrizes da política interna, complicando ainda mais as perspectivas dos países em desenvolvimento. Em 1997, a Crise da Ásia provocou uma piora na conjuntura internacional, e em meados de 98 a situação se agravou com a crise da Rússia. Tais adversidades provocaram mudança no regime cambial, e algumas reformas se tornaram imprescindíveis para gerar resultados no plano fiscal. Foi preciso recorrer ao FMI, e tudo isso acabou retardando alguns dos resultados esperados, criando uma reação negativa.

Segundo, por que infelizmente o PT tem uma ideologia mesquinha e limitada, governa para alguns, pratica um populismo de baixo nível e se alimenta do analfabetismo político da maioria. Assim, a Oposição tornou o último ano de FHC um inferno!

Oportunista, fez o chamado "terrorismo eleitoral"; aproveitou-se das brechas, explorou a tensão pré-campanha, tratou questões fundamentais de forma leviana, maquiou resultados para gerar desconfiança nos investidores externos, votou contra reformas imprescindíveis, etc.

A população foi levada a um estado de histeria, o medo da inflação, e a recessão gerada a partir da estabilidade econômica (nada fora do normal, se analisadas as condições), fizeram com que surgissem dúvidas quanto ao futuro.

Ao mesmo tempo, a cúpula petista rendia-se ao sucesso da nova moeda e, oportunamente, o discursinho subversivo de Lula foi “reformado”. O cenário político estava ideal; eram "todos contra Serra", e mudanças inconsistentes eram invocadas pelas massas manipuladas.

E, dessa forma, o ParTidinho chegou ao tão sonhado poder...
Invocando o social e mantendo a política econômica, agora se comporta como criador dos projetos elaborados pelo governo anterior, o qual faz questão de difamar.

Para que todos se esqueçam dos avanços conquistados, comparam-se números manipulados, a partir de relatórios “equivocados”. Para confundir o eleitorado, as crises da época foram minimizadas e os dados de comparação, retirados do último e tumultuado ano do governo FHC.

E no Social, Presidente Lulla?

Para mostrar serviço, trocaram os nomes dos programas sociais. Para alcançar as expectativas, fizeram mudanças insossas e simularam ações que não aconteceram. Para forjar o sucesso do “Fome Zero”, estatísticas são inventadas e números, invertidos!

CURIOSAMENTE, verdade seja dita, o verdadeiro idealizador e primeiro gestor desse projeto foi o Senador Cristovam Buarque, antigo petista, Ministro de Lulla até ser demitido em 2004, por telefone. PORÉM, o Programa Nacional do Bolsa Escola foi criado em 2001, com a proposta de conceder benefício monetário mensal a milhares de famílias brasileiras em troca da manutenção de suas crianças nas escolas.
FINALMENTE, O ENGODO!
Veja quantas voltas, só para enganar o povo...

O BOLSA FAMÍLIA, projeto social que praticamente substituiu o famigerado “Fome Zero”, nada mais é, do que a “integração dos programas remanescentes Auxílio-Gás, Bolsa Escola, Cartão Alimentação e Bolsa Alimentação”.
Reformulados na aparência, ganharam nova redação, nova legislação, novo cadastro (o que foi péssimo, aliás) e o símbolo “Brasil Para Todos” no rodapé... Mesmo assim, qq pessoa com Q.I. maior de 25, que analisar os meios e os fins dos programas em pauta, irá notar a “semelhança”.

Assim como o Bolsa Escola, os outros programas de assistência social que integram o “Bolsa-Família” de Lulla também foram implantados no governo de FHC; como por exemplo o Auxílio-gás e o Bolsa-Alimentação.

Obs: Texto assinado por Agatha FL

Depois do "estamos aniquilados", temos é um "incômodo"

Por Uol Notícias

Brasília, 18 abr (EFE) - O Senado brasileiro aprovou uma ajuda de US$ 10 milhões para financiar projetos agrícolas e uma série de assentamentos rurais na Bolívia.

O dinheiro, previsto em projetos de cooperação que o Governo assinou com a Bolívia, será canalizado pelo Ministério das Relações Exteriores, através da Embaixada do Brasil em La Paz.

De acordo com o texto aprovado no Senado, "os recursos serão usados no fortalecimento da cooperação bilateral", com ênfase nas áreas de desenvolvimento agrícola e agricultura familiar.

O documento acrescenta que "o objetivo é prestar assistência na implantação de uma política de reforma agrária e ajudar na regularização migratória e no sustento de famílias brasileiras assentadas" em regiões de fronteira.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou que o Brasil, em sua condição de "líder regional", deve colaborar com os países mais pobres da América do Sul e ajudar estas nações a encontrarem caminhos para um maior desenvolvimento.

O auxílio foi aprovado pela ampla maioria governista com o apoio de partidos da oposição, que, apesar de votarem a favor da medida, lembraram as polêmicas surgidas com a Bolívia por causa da nacionalização de hidrocarbonetos no país, que afetou os interesses da Petrobras.

Para o senador José Agripino (DEM-RN, ex-PFL), a ajuda "é necessária", mas é um "incômodo" concedê-la a um país que "criou tantos problemas para a Petrobras".

terça-feira, 17 de abril de 2007

Ilha da Fantasia


"Senhoras e Senhores, bem-vindos à Ilha da Fantasia.

Eu sou o Sr. Roarke, o seu anfitrião, e este é Tatoo, o meu assistente."

Assim começava um famoso seriado exibido pela Rede Globo nos anos 80, época em que enlatados preenchiam a programação do final de semana e que eu era obrigado a assistir.

Creio que era contemporâneo do Magnum e do McGyver (Profissão Perigo), entre outros.

Sinto-me como se tivesse entrado no "Tunel do Tempo" e voltado para uma daquelas tardes de sábado em que ficava estendido no tapete, vendo as verdadeiras "viagens" dos convidados do Sr. Roarke.

Com um governo cheio de programas e ações virtuais, que adora delirar e viver verdadeiros "Sonhos de uma noite de verão", não é difícil sentir-se assim. Poderíamos, inclusive, classificar o sonho (ou pesadelo) como queiram, em algumas etapas:

1. Fome Zero - a marca registrada de fantasia, criação do gênio Duda mendonça, foi inventada e divulgada antes mesmo de o governo de Luís XIII começar. Nunca passou de um devaneio. Na prática, os famintos continuam tão famintos quanto antes, a despeito dos Bolsas-tudo (não esqueçam que tratou-se apenas de unificar e renomear programas sociais já existentes no governo anterior). E pensar que Sua Majestade andou propondo um Fome Zero Mundial (será que o coordenador seria do PT?);

2. PAC - Plano de quê mesmo??? Tão bem executado que cerca de 60% das pessoas nunca ouviram falar nele;

3. Estabilidade da economia - Conquistada a duras penas por... Fernando Henrique Cardoso, ou alguém duvida disso??? Apesar da famosa herança maldita, do "nuncaantesnahistóriadessepaís" e etc. Não há como negar, Lula, a economia estava em condições de estabilidade quando você assumiu. Só em sonhos V. Sa. e equipe são responsáveis por essa conquista.

4. Integração Energética da América Latina - Essa até que já começou de verdade. Ou você, dileto leitor, esqueceu que o Brasil deu, de mão beijada, todo o investimento feito pela Petrobras na Bolívia... Você acredita que, a não ser nos devaneios do presidente apedeuta, o Hugo Chavez vá dar algo para o seu grande parceiro Brasileiro????

5. Valorização dos países de Terceiro Mundo na balança comercial - Não me diga que esqueceu do périplo do sapo barbudo pela África, vestindo trajes típicos e bailando ao som de músicas tradicionais daquelas bandas??? O comércio com a África cresceu tanto que eu gostaria de exportar o Lula e sua corja de vez pra lá! Será que o Banco do Brasil tem alguma forma de incentivo pra isso? Decididamente esse é um governo sui generis: prefere tentar vender a quem não tem dinheiro pra comprar.

Como deu para perceber, acabamos de descobrir a nova atração da TV do executivo (aquela que não vai ser chapa branca...)

Meia-Entrada: Inteira Ilusão

Para que uma mentira seja viável, é natural que ela pareça verdadeira. É isto que acontece com a aberração da meia-entrada. De longe parece algo muito bom, permite ao estudante pagar menos para ter acesso a produtos culturais. De perto, é um engodo, mas um engodo bem contado.

A enganação já começa pelo nome: "meia-entrada". Chamo a atenção dos leitores para a mais crua realidade: meia-entrada não existe. Nem poderia existir, já que o valor do produto vendido tem que cobrir seus custos, pagar funcionários, fornecedores, impostos e ainda deixar algum lucro. Observem bem: funcionários não aceitarão receber meio-salário, nem os fornecedores se conformarão com o pagamento de meia nota-fiscal. Tenho certeza que o governo vai querer impostos inteiros. Por que o empresário tem que aceitar meio-lucro?

É óbvio que em sendo obrigado a entregar seu produto por um valor menor para algumas pessoas, o empresário passará cobrar mais das que pagam o preço cheio. Vejam o exemplo abaixo, supondo que se tratasse de um empreendimento que vende 100 sanduíches por dia, ao preço de R$ 10,00. O apurado diário é mil reais. O que o nobre leitor supõe que aconteceria caso um ilustre parlamentar tenha a brilhante idéia de estender à alimentação o direito de pagar meia?

Exemplo 1 - 25% dos consumidores pagam meia: neste caso, pode ser que inicialmente o sanduíche passasse a custar R$ 5,00 por algum tempo. Logo o empresário veria que o apurado do dia tinha caído para R$ 775,00 (25 sanduíches por R$ 5,00 e 75 sanduíches por R$ 10,00). Quando fosse pagar suas contas, o administrador iria notar que faltariam recursos, já que governo, trabalhadores e fornecedores não aceitariam receber menos. A alternativa é colocar o preço do sanduíche a R$ 11,44. Desta forma, seriam vendidos 25 por 5,72 e 75 sanduíche por 11,44. O apurado diário voltaria aos mil reais que permitiriam a sobrevivência do estabelecimento.

Exemplo 2 - 50% dos consumidores pagam meia: seriam vendidos 50 sanduíches a R$ 6,67 e 50 a R$ 13,34. Apurado diário em mil reais.

Exemplo 3 - 75% dos consumidores pagam meia: seriam vendidos 75 sanduíches a R$ 8,00 e 25 a R$ 16,00. Apurado diário em mil reais.

Entenderam? Não existe meia-entrada. Na hora em que 100% pagasse "meia", o empresário cobraria R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia, sabendo que todo mundo pagaria R$ 10,00 e seus ganhos diários seriam de mil reais. O empresário não age assim por ganância, mas por que tem compromissos a honrar e que não aceitam meio-pagamento.

Como vocês pode perceber, quanto maior a disseminação das malditas carteiras, maior a transferência de renda dos trabalhadores para os estudantes. No primeiro exemplo (25% de vendas com carteira), o trabalhador pagaria R$ 1,44 a mais para que o estudante tivesse seu desconto. Com 75% de vendas com carteira, o trabalhador pagaria R$ 6,00 a mais para que os estudantes fizessem jus a um desconto de R$ 2,00 e comprassem o seu sanduíche por R$ 8,00.

A questão que se impõe seria: é justo que trabalhadores de todas as classes paguem mais por um produto para que estudantes de todas as classes paguem menos por ele? Minha opinião é de que é muito injusto um trabalhador pobre pagar um cinema caro para que um filhinho-de-papai pague um cinema mais barato. Mas, este será assunto para outro post.

domingo, 15 de abril de 2007

Como as pessoas mudam...

Pela Folha online


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve e ampliou em sua gestão a terceirização de mão-de-obra a serviço do governo federal, prática introduzida por Fernando Henrique Cardoso e criticada pelo próprio petista, segundo reportagem deste domingo da Folha.

De acordo com a reportagem, documento do Ministério do Planejamento mostra aumento de 130% nos gastos com "locação de mão-de-obra" de empresas terceirizadas durante o primeiro mandato do presidente Lula.

O salto seria de R$ 857 milhões em 2002, último ano do segundo mandato de FHC, para R$ 1,96 bilhão em 2006 --descontada a inflação, o aumento é de 75%.

A elevação do gasto com funcionários contratados no período teria sido bem menor, de 15% em termos reais. A reportagem informa que, em quatro anos, a máquina aumentou de 804 mil para 989 mil efetivos.

sábado, 14 de abril de 2007


Do Blog do Josias (josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br), neste sábado, 14 de abril de 2007, texto original em azul, comentários abaixo, em preto.

"Lula deseja o fim do instituto da reeleição. Mas não quer que as digitais dele apareçam na proposta. Foi o que disse nesta sexta-feira (13) a três congressistas que com os quais se reuniu. Para o presidente, o ideal é que o assunto seja definido no âmbito do Congresso, sem que o governo precise assumir a paternidade da idéia.
Estiveram com Lula: Roseana Sarney (PMDB-MA), líder do governo no Congresso; Romero Jucá (PMDB-RR), líder no Senado; e José Múcio Monteiro (PTB-PE), líder na Câmara. O presidente disse aos três que não vai assumir o papel de coveiro da reeleição porque não deseja ser comparado a Hugo Chávez.

O presidente da Venezuela, como se sabe, modificou a Constituição venezuelana, para inserir no texto a possibilidade de reeleição presidencial ilimitada. Lula reiterou no encontro que não lhe passa pela cabeça manobrar para concorrer a um terceiro mandato em 2010. Embora não tenha dito aos interlocutores desta sexta, Lula tem admitido privadamente, reiteradas vezes, a hipótese de disputar o Planalto em 2014. Ou em 2015, como prefere.

Ele menciona a segunda hipótese porque acha que, além de dar cabo da reeleição, o Congresso deveria alongar de quatro para cinco anos o mandato presidencial. Neste caso, a eleição do sucessor do sucessor de Lula só ocorreria 2015. De resto, o presidente acha que as novas regras só deveriam entrar em vigor depois de 2010. Ou seja, os prefeitos e governadores que exercem o primeiro mandato poderiam, se desejassem, concorrer novamente no próximo pleito.

Há na Câmara um projeto que se encaixa à perfeição no modelo preferido por Lula. Foi apresentado pelo deputado Jutahy Magalhães Jr. (PSDB-BA), um aliado do governador tucano José Serra (São Paulo). Para Lula, o ideal é que essa proposta seja aproveitada. Avalia que, além de Serra, também o governador tucano de Minas, Aécio Neves, é simpático à idéia.

Curiosamente, apesar de Lula ter dito que vai distanciar o governo do tema, o ministro Tarso Genro (Justiça) (Justiça) anunciou que discutirá o assunto com os integrantes do conselho político, no dia 23 de abril. Foi o que noticiou nesta sexta-feira a Folha."
Veja bem, dileto leitor:
Sua Majestade Luís XIII deseja acabar com o instituto da reeleição, mas, só para variar, não assina embaixo.
Aliás, estou começando a acreditar que ele nem sabe assinar, posto que sempre que um assunto polémico é colocado em pauta, o apedeuta faz questão de se fazer representar por seus cupinchas de plantão, que no momento, e para este assunto, são Tarso Genro, Roseana Sarney, Romero Jucá e José Múrcio.
Ele começa a colocar as unhas de fora e já admite disputar um novo mandato presidencial em 2014 (ou 2015), mas não quer ser comparado a Hugo Chavez, aquele vizinho e amigo que, vejam só, mudou a constituição de seu país para garantir sua permanência no poder.
Nunca tivemos dúvidas aqui no "inimigos" das intenções de nosso déspota, que sempre se mostrou muito fascinado com o poder.
Ele devia, pelo menos, deixar de ser dissimulado e assumir suas pretenções, mas isso não faz parte do modus operandi do sapo barbudo, que continua agindo nos bastidores do poder, através de sua horda.

Kasparov e o lulismo

Leiam a notícia em azul e em seguida comentário dos Inimigos em preto.


Por Uol Notícias


MOSCOU, 14 Abr 2007 (AFP) - O ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov, detido sábado durante manifestação da oposição em Moscou contra a política do presidente russo, Vladimir Putin - proibida pelas autoridades - foi finalmente liberado depois de condenado a pagar multa de 40 dólares, disse à AFP um porta-voz de seu partido, Denis Bilounov.

Garry Kasparov "foi liberado e condenado a pagar 1.000 rublos" (40 dólares), disse o porta-voz da Frente Cidadã, dirigida pelo ex-campeão.

Kasparov ficou quase cinco horas na delegacia sendo levado à noite a um tribunal, onde foi condenado "por ter gritado slogans contra o governo", afirmou sua advogada Karinna Moskalenko à agência Ria-Novosti.

Inimigos

Quando leio notícias deste gênero, tenho dois pensamentos quase que instantâneos. O primeiro concerne a recordações que possuo do governo tucano. Imaginemos algo deste tipo entre 1995 e 2002. O que aconteceria? Naquele tempo, tenho a sensação de que a situação possuía certo receio da oposição, de certo modo até medo mesmo daquelas “manifestações”, daquela gente que se intitulava de ética. Tínhamos Fora FHC, Fora isso, aquilo. Publicavam-se cartas pedindo que o presidente renunciasse. Sentia que havia gente brasileira torcendo para que o Brasil desse errado. Mas, jamais tivemos qualquer abrandamento nem sequer tentativa de diminuição da liberdade de expressão. Quando ocorrem determinados fatos como estes, observo um pouco a história bem recente do nosso país e busco conectar com nossa atualidade, e o resultado não é positivo de maneira alguma. Lembro, portanto, que tivemos um breve suspiro de democracia neste Brasil.

O segundo diz respeito, evidentemente, ao nosso governo atual, aos petistas, enfim, a esta “burguesia com o capital alheio” segundo Reinaldo Azevedo. Eles já tentaram implantar aquela tal de Ancinav, expulsaram o jornalista norte-americano, entre outras tentativas de mitigação da liberdade de expressão. Sufocaram nosso suspiro democrático! Faz poucos dias que o presidente “sentenciou” que Jader foi injustiçado. Também nessa semana, o Bananeiro-Mor “decretou” o aumento da FPM naquela reunião, manifestação, marcha, sei lá o quê dos prefeitos. Assim, temos que os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo estão presentes em uma só pessoa: Lula XIII! Viva a República? Não; Viva o Absolutismo? Não. Viva o Lulismo? Sim, este sim.

Ainda durante esta semana tivemos Lula elogiando Sarney, um de seus companheiros. O Presidente ressaltou que Sarney é o único ex-presidente que se porta como tal. Ahahahahah!! Tome Fernandos e Itamar! Com essas palavras que transbordam de democracia e de coerência, extraímos mais uma vez, o pensamento do nosso Apedeuta-mor: portar-se bem é estar a favor dele, no popular, “puxando o saco” dele.

Estabelecer o contraditório, realizar questionamentos, procurar fundamentos, verificar os fatos, observar a realidade, analisar a história, almejar a lógica, seguir a ética, ser coerente, fazer o que é preciso, não se curvar ao poder do dinheiro, dos cargos, enfim, do poder, significa, tão somente, portar-se mal. Para esta nova elite, a lógica, o razoável, o democrático, o correto, e mesmo, o cristão, islã, judeu, ou ateu entre outras é estar a seu favor, é ficar ao lado de toda esta institucionalização do crime, da improbidade, da corrupção, da bu(r)rocracia, além de ser inerte e impotente diante da destruição dos mecanismos e instrumentos democráticos, bem como das instituições, das leis, e claro, daqueles que forem contra seu projeto de poder ou seu método de projeto de poder. O Lula XIII tentará mais um ano de poder, no mínimo, e marcará nossa história com o “nunca se viu antes neste país” um governo tão desgovernado. Ou melhor, “nunca se viu antes neste” mundo a verdadeira forma de governo vigente no nosso país: o Lulismo!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

A culpa é do norte

Outro dia li um bom livro que cita, entre várias outras, certa mania latina de culpar os irmãos do norte, a Europa, o Japão, enfim, culpar aqueles que atingiram o que nós não conseguimos. O título do livro é O manual do perfeito idiota latino-americano, cujos autores são Plínio Mendonza, Carlos Montaner e Alvaro Llosa. Corroborando a idéia do livro o presidente argentino Néstor Kirchner foi bravo e reclamou com o FMI. Portanto, mais uma vez um latino-americano joga a culpa nos outros, que, neste caso, é no FMI.

O presidente argentino foi incisivo quando disse: "Senhor Rato, com todo o respeito que merece seu cargo, dedique-se a falar de outros, porque nós não concordamos com você". Com esta afirmação demonstrou seu conceito de democracia. Deve se aproximar muito do pensamento do "hermano" Chávez.

Néstor Kirchner ressaltou que o FMI "já não pode dizer o que a Argentina deve ou não fazer", e recordou a fome, as pressões sofridas, os desempregados, o grande endividamento que teve, enfim, a quebra daquele Estado. Creio que ele tenha tentado dizer que o estado de moratória foi culpa do FMI e não das más administrações que eles tiveram. Entretanto, vale salientar que quando ela quebrar de novo e os argentinos forem pedir ajuda mais uma vez, então ele, o vampiro da pobreza alheia poderá criticar outra vez a Argentina. Grande pensamento! Portanto, o país tem que quebrar para poder escutar sugestões. Muito boa essa! Esses compañeros de Lula são bons pensadores!

Motivo

A causa deste estresse todo do populista Kirchner é que o Rodrigo Rato alertou que as medidas administrativas tomadas pelo governo argentino para controlar a inflação são uma solução de curto prazo. Rato asugeriu que a política monetária deveria possuir um papel mais significativo no controle da inflação do país. Pronto!, foi suficiente para soltar os cachorros.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Forças Armadas e a negociação venezuelana

Lembro antes da leitura da notícia abaixo, que a Petrobrás tem projeto de investir na Venezuela. Leiam amigos e inimigos. Como de costume o texto segue em azul e o comentário em preto.

Pelo Uol Notícias

CARACAS, 12 Abr (AFP) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que no dia 1º de maio, tomará junto "com as forças armadas e o povo" os campos de petróleo em que operam companhias multinacionais na Faixa do rio Orinoco, ainda que tenha ressaltado que se trata de um ato pacífico.

A declaração fez parte de discurso pronunciado por Chávez nesta quinta-feira para um grupo de militares.

"Estou seguro de que nenhuma multinacional irá responder a bala, mas iremos com as forças armadas e o povo. Vamos retomar os campos que tinham sido entregues a empresas multinacionais", enfatizou o chefe de estado.

Engraçado. Hugo Chávez é muito popular realmente. Ele vai com todo o povo venezuelano atacar a propriedade alheia. Ah, quase esqueci, ele vai levar as forças armadas para um ato pacífico, mas é um detalhe já que o Povo e Ele estarão lá para assegurar a legalidade do ato. O 1º de maio torna-se outro marco. No entanto, com precedentes históricos de nacionalização. Nesse mesmo dia do ano de 2006 o hermano Evo fez a mesma coisa. Próximo ano, quem será da América do Sul a seguir esses grandes homens? Uribe, Bachelet, Kirchner, ..., Lula? Ah, este não. Com o Brasil é diferente. É verdade. Deverá demorar um "poQUITO más".

"A abertura acabou. Agora, será a PDVSA (a estatal Petróleos de Venezuela) que cuidará desses campos", acrescentou.

"Essas empresas, consideradas as maiores do mundo, pagavam 1% de royalties. A ganância as manteve, mas, agora, terminará", declarou.

Abertura? Que abertura? O Brasil é considerado um país fechado pelo mundo. E a Venezuela era considerada um país aberto por Chávez? Ah, entendi. Entretanto não entendi a história da ganância. Ganância por pagar impostos, por empregar milhares de venezuelanos, por extrair o que os venezuelanos não teriam condições de fazer, tornar a Venezuela, mesmo que indiretamente, membro da OPEP, sustentar este país com uma taxa de crescimento chinês, enfim, isto é ganância? Se for, eu compreendi. Só continuo sem entender como que desenvolver um país possa ser ganancioso.

Na faixa de Orinoco funcionam quatro associações estratégicas que deverão passar para um esquema de empresas mistas, assim que Chávez ordenar a modificação do esquema de exploração e exportação para que a PDVSA detenha, pelo menos, 60% das ações a partir de 1 de maio.

As associações estratégicas são a Petrozuata, Ameriven, Cerro Negro e Sincor, em que participam as companhias Total, Statoil, ConocoPhillips, Chevron, Exxon-Mobil e BP.

Para a Exxon, a Conoco, a Chevron, a Total e a Statoil esses investimentos devem ser pouco representativos para seu patrimônio. A participação da Venezuela nos lucros dessas empresas deve ser pequena também - algo como a Bolívia representou para a Petrobrás. Quanto às outras empresas, não conheço seu tamanho, ou melhor, não conhecia nem seus nomes. Contudo, o mundo aumentará a desconfiança com os latinos. Isto me preocupa. Preocupa-me também o brasileiro pensar que isso seja bonito ou exemplo de atitude soberana a ser seguida.

A PDVSA negocia com as companhias sua migração para uma empresa mista que, além da venda de ações, inclui um esquema tributário com royalties de 16,6% e imposto sobre o rendimento de 50%.

Essa parte foi divertida. Nada como as piadas presidenciais, evidentemente. Mas foi extrovertido. A Venezuela decreta a nacionalização e fala em "negociar". Ela coloca o cano do revólver na cabeça das empresas e pergunta: Então, você quer assim ou que eu "negocie" para melhor me satisfazer? Que negociação bilateral moderna. É contrato do Século XXI.

Que país é esse? É a ... do Brasil.

Pelo Uol Notícias

Iracema Sodré
De Londres

A revista britânica "The Economist" publica nesta quinta-feira um relatório especial sobre o Brasil, em que defende que o maior inimigo do país é um Estado pesado, que precisa se desvencilhar da burocracia e administrar melhor impostos, pensões e leis de trabalho.

"Fertilidade e frustração resumem o estado do Brasil hoje em dia", diz a reportagem especial de 14 páginas da revista."O país está explodindo com commodities cobiçadas pelas economias crescentes da Ásia, de soja a minério de ferro. Nenhum outro país está mais bem colocado para lucrar com a histeria mundial por biocombustíveis. No entanto, o Brasil se recusa a crescer em sintonia com as expectativas de seus 188 milhões de habitantes.

"O relatório, intitulado "Land of promise" (ou "Terra da promessa"), analisa as razões pelas quais o Brasil não vai tão bem quanto poderia e diz que a nação é "um campo de batalha entre o progresso e a inércia".

O texto cita problemas como a violência nas grandes cidades e a crise do setor aéreo, mas diz que o país está "em meio a uma vagarosa metamorfose em sua economia, sua sociedade e seu governo".

Segundo a "Economist", o Brasil é grande, democrático e rico em recursos, mas ainda assim cresceu meros 3,3% nos últimos quatro anos comparados a uma média de 7,3% dos países em desenvolvimento como um todo.

'Excessos'

Uma das principais razões para isso seriam os "excessos" do Estado que já se transformaram em uma dívida pública de cerca de 45% do PIB.

A solução, diz a revista, estaria em uma longa série de reformas que passariam por uma revisão dos impostos, das leis de trabalho, do papel do Estado e do Banco Central, além de uma liberalização maior do comércio e uma flexibilização dos gastos do governo.

De acordo com a revista, o governo gasta dinheiro principalmente em três setores: "pensões, transferências para outras instâncias do governo e sua própria burocracia. Em nenhuma destas áreas, o gasto é eficiente ou justo".

O relatório também critica o fato de funcionários públicos receberem "mais do que o dobro dos trabalhadores no setor privado" e terem "uma vida mais fácil", além de contarem com segurança no emprego. Mas segundo a 'Economist', "há muitos lobbies interessados em manter o sistema como está".

Outro grave problema do país seria a dificuldade de se abrir um negócio, o que "requer, em média, 17 procedimentos e 152 dias". Isso coloca o Brasil em 115º lugar em um ranking com 175 países.

Corrupção

Os escândalos do mensalão e dos sanguessugas também foram mencionados na reportagem: "Talvez os políticos se comportem assim porque sua ligação com os eleitores é tênue".

"Os partidos são fracos, alianças feitas antes das eleições são desfeitas e refeitas no dia seguinte e os eleitores têm pouca ligação com seus congressistas. Idéias mal entram em discussão, muito menos ideologia", diz a "The Economist".

Mas apesar de o Brasil "sufocar negócios, abandonar crianças e desperdiçar dinheiro", para a revista, o país está "transbordando com experiências promissoras e iniciativas bem-sucedidas". Só faltaria colocá-las em uma produção em massa.

No entanto, depois de dizer que um progresso impressionante já foi feito, a revista cita a educação como o maior obstáculo para as ambições do Brasil.

A reportagem cita uma pesquisa feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em 40 países, em que o Brasil ficou em último lugar em matemática e entre os piores nos testes de leitura.

Para a revista, o Brasil gasta pouco com educação, mas o pior é que "muito desse dinheiro é desperdiçado". Com professores "pouco qualificados e sobrecarregados" e pais "que vêem a escola como um lugar para deixar as crianças", mudanças só vão acontecer, segundo a Economist, quando os cidadãos começarem a exigir mais das escolas, e os eleitores, dos políticos.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Sensus de Ridículo

A inimigos não poderia deixar de comentar a última pesquisa CNT/Sensus sobre a popularidade do presidente Lula. Só prá começar, eu gostaria de lembar que a CNT é presidida pelo Sr. Clésio Soares de Andrade, filiado ao PL e ex-sócio de Marcos Valério nas agências SMPB e DNA. Durante o período eleitoral as pesquisas da sensus mostraram lula em média 6 pontos acima dos números das pesquisas do IBOPE e Datafolha. Portanto, a pesquisa tem dono, e o dono é da base do governo, ex-sócio do carequinha. Vamos aos números:


Lula
O índice de aprovação do presidente foi o melhor desde fevereiro de 2005 (66,1%) e ficou em 63,7% contra 59,3%, em agosto de 2006, data da última pesquisa.

Governo Lula
O levantamento apontou ainda um aumento na avaliação positiva do governo, que foi para 49,58%, a terceira melhor da série.
Para 54,8% dos entrevistados, o segundo mandato do presidente vai ser melhor do que o primeiro.

Ou seja, a imagem de Lula é, perante a população, melhor do que seu governo. Culpa única e exclusiva da oposição que até hoje ainda não soube mostrar a população que Lula é um presidente sem palavra (vide a negociação com os controladores), que não sabe e não gosta de decidir (o primeiro-ministro do Brasil já foi Dirceu, depois Palocci e agora é Dilma), que tem enorme facilidade para colocar bandidos no poder, que prefere ver o povo agonizando a ter que demitir o ministro da Defesa. Nós não temos oposição. Ainda assim, percebam que só metade do Brasil se entusiasma com o governo Lula: 49,58% dos entrevistados. Qualquer resultado menor que 100% já seria um milagre.


Violência
Para 90,9% dos entrevistados, a violência no Brasil aumentou nos últimos anos. Apenas 5,2% discordaram.

Pena de morte e idade penal
Houve crescimento dos que são a favor da pena de morte: 49%, ante 46,7% em maio de 2003. Os contrários somaram 46%, ante 49,7% em maio de 2003. Já sobre a redução da idade penal para 16 anos, 81,5% foram favoráveis, contra 88,1% em dezembro de 2003. Os contrários à redução subiram de 9,3% para 14,3%.

Percebam como nossa oposição é sofrível: 91% da população acha que a violência aumentou e ela não consegue provar que o PT amoleceu as leis para os bandidos. O PT dificultou o RDD em São Paulo e acaba de aprovar uma lei que beneficia os infratores de crimes hediondos, mas ninguém fala nada! 81,5% da população quer a redução da maioridade penal e a oposição não consegue mostrar que, neste quesito, o presidente está contra 4 em cada 5 pessoas que moram neste país!

PAC
Apesar de ser o carro-chefe do segundo mandato do governo Lula, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda é bastante desconhecido. O levantamento mostra que 59% dos entrevistados nunca ouviram falar do PAC, enquanto apenas 32,2% acompanham ou ouviram falar sobre o assunto.

Vejam o nível dos entrevistados. 60% nem ouviu falar no PAC! Não admira que pessoas tão bem informadas apóiem Luis XIII.

Crise aérea
O governo federal foi apontado como o principal responsável pela crise aérea no País. Pesquisa CNT-Sensus mostra essa constatação para 21,2% dos entrevistados. Tomando por base apenas os entrevistados que tiveram contato com o assunto (acompanham ou ouviram falar), esse número sobe para 25,8%.


De quem é a culpa de a população não saber quem é o verdadeiro responsável pelo apagão da aviação? Ou oposição fraca! Mas nós da inimigos estamos aqui, apoiando o MSP (Movimento dos Sem-Político).


Voltei

Após algum tempo afastado deste blog, li uma reportagem que me entusiasmou bastante. Foi necessário que eu lesse algumas piadas do nosso presidente para que me viesse, repentinamente, aquele bom sentimento de indignação.

Segue abaixo notícia da folha online em azul e comentários em preto. Tenham um pouco de paciência com o texto.


ANDREZA MATAIS da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os seus antecessores nesta terça-feira, durante a 10ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília, quebrando promessa de campanha de que se fosse reeleito só iria se comparar a ele mesmo. Em referência direta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula disse que se o tucano tivesse feito metade do que ele fez o país seria outro.

"Há muitos anos não tinha um presidente que fez metade do que estamos fazendo. Quisera Deus que o presidente antes de mim tivesse feito metade do que eu fiz, teríamos nos desenvolvido muito mais", afirmou para uma platéia de cerca de 3.000 prefeitos. O comentário ocorre depois de o presidente ter anunciado disposição em conversar com a oposição.

Ahahahah!!! Só pode ser piada isso que Lula disse. Sabemos que ele adora tratar o Estado como time de futebol com as suas metáforas, mas “piadista” eu ainda não tinha observado. Claro que este governo é uma piada desde o início, contudo o presidente ainda não tinha demonstrado seus dotes humorísticos.

Vejamos caros leitores deste pequeno blog: O que Lula fez de efetivo neste seu governo? Aumentou o bolsa-família, ou seja, algo que foi criado por FHC. Se o bolsa-família saiu do zero para uma bolsa, o aumento seria de infinito porcentos. Ele, Lula, saiu de uma bolsa para qualquer coisa. É menos do que infinito porcentos. Pronto! Bananeiro-mor fez menos que FHC. Sim, ainda temos: o apagão aéreo, o mensalão, os correios, os bingos com o caso Waldomiro, a quebra de sigilo do caseiro pelo ex-ministro da fazenda, o “dossiegate”, as cartilhas de Gushiken, o emPACado, muitas medidas provisórias para fazer nada ou pouca coisa, operação tapa-buraco ou se preferirem, engana-povão, ou ainda, pega-eleitor ou mesmo “aumenta rombo nas contas públicas”, já que foram feitas sem licitação. Enfim, tivemos muitas coisas desse tipo. Ou seja, se FHC tivesse feito a metade do que Lula fez por este país, ...! Muito divertida essa piada de Lula.

Quanto à sua “disposição” para conversar com a oposição é muito boa. Ele termina de anunciar que está disposto para conversar e dar uma tapa na cara desses bobos sem corte. Esse jogo de “morde, assopra” deste governo me recorda a Ditadura Militar. Para quem conhece um pouco de história entendeu bem o que disse. Para quem não entendeu assistam Zuzu Angel.


Em resposta às cobranças dos prefeitos por mais recursos, o presidente voltou às comparações. Lula disse que nem sempre é possível cumprir todas as promessas do início do mandato, mas que seu governo "foi o que mais avançou em toda a história da República'.

A velha cantilena de sempre: “Nunca se viu antes neste país”. Agora ele quer dar nova forma a coisa velha, como ele demonstra gostar de fazer. Avançamos muito realmente: o mensalão foi um avanço. O dossiegate, outro. O apagão aéreo, então, um absurdo de avanço. O Fome Zero uma revolução tão grande que se fala nem em fome. Agora é pobre. Ele pegou a palavra pobre na boca e não larga mais. Fica repetindo, repetindo até todo mundo falar: Lula só pensa nos pobres. Técnica de propaganda baixa.

"Vocês vão terminar o mandato e certamente as coisas que disseram no primeiro ano [que iriam fazer] ainda não aconteceram", afirmou.

Todos os prefeitos que estavam ali são mentirosos, segundo Lula. Foi Lula que disse. Não me causa espantos. Depois de ter institucionalizado a corrupção neste país, o que poderia se esperar deste governo?

Como exemplo, o presidente citou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), segundo ele, uma medida libertadora. "Estamos dando o direito a que vocês tenham liberdade. Prefeito e pobre só eram procurados neste país em época de eleição." Lula classificou o PAC como "o mais perfeito projeto de desenvolvimento já feito nesta República, porque tem começo meio e fim".

Hehehehehehe. Essa piada foi muito boa. Lula revelou-se nesse encontro. Se ele tivesse falando para negros, teria dito: Negro e...pobre neste país..., mas como tava falando para prefeitos disse: Prefeito e ... pobre neste país..., é uma boa piada presidencial. Lembrou-me certo dia do ano que o presidente dos EUA juntamente com sua equipe contam piadas e mais piadas acerca de seu próprio governo.

Em mais um recado para a oposição, o presidente disse que, como sindicalista, está acostumado a queixas e que por mais que faça sempre será cobrado a dar mais. Lula criticou os políticos que continuam agindo como se estivessem em campanha depois de eleitos.

Lula sem poder ser eleito em 2010 ainda faz campanha. Imaginem quem possa se eleger ainda em 2008 o que pode fazer. Lula tentou ensaiar outra piada. Essa foi fraquinha.

"Quando termina a eleição, um político sério, competente, ele deixa de lado o debate eleitoral para assumir uma responsabilidade maior. A partir do momento em que se abrem as urnas, não tem PFL, PSDB, PT, temos o compromisso de tratar com a melhor qualidade possível aqueles que acreditaram em nós", afirmou.

Qualidade deste governo? Será que Lula imputou a este governo tal atributo?

E retomou o discurso da campanha de que irá governar para os pobres. "Na campanha diziam que a gente estava aumentando o programa porque tinha interesse eleitoral. Agora, vamos aumentar o Bolsa Família porque não tem eleição. Que pelo menos uma vez na vida este país não veja investimento em pobre como gasto", disse. "Durante quantos anos os pobres foram esquecidos neste país? Eram utilizados de quatro em quatro anos, depois ninguém voltava mais lá para ver os pobres", disse.

Como o presidente gosta de pobre. Eu me sensibilizo com tamanho sentimento. “Investimento em pobre como gasto”? Quem disse isso? De onde ele tirou isso? É um X-men, do tipo de Xavier. Lula é um verdadeiro herói. Nunca neste país foram pregados, ou melhor, impregnados tantos preconceitos presidenciais. O apartheid à brasileira já começou.

Saia justa

Antes do discurso, o presidente ouviu críticas do presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, que cobrou do governo a repartição de recursos federais com os municípios e uma melhor execução do Orçamento da União.

"O Orçamento da União não se comunica com os dos Estados e municípios. Às vezes é instrumento de barganha e de compra de governabilidade", afirmou, recebendo aplausos dos prefeitos presentes.

Lula foi para o evento acompanhado de 20 ministros, inclusive Waldir Pires (Defesa). Encerrou o discurso prometendo aumentar em 1 ponto percentual os recursos repassados aos municípios por meio do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), a reduzir de 20% para 0,1% a contrapartida que os municípios têm que oferecer para ter acesso a recursos do PAC para saneamento e habitação, a oferecer um banco de projetos para que os municípios possam pleitear os recursos do PAC e a abrir uma linha de financiamento para a construção de ônibus standard mais baratos para o transporte de crianças para as escolas. Ele foi aplaudido de pé.

Agrada todo mundo!, Lula. Pelo menos tente. Cedeu com a Bolívia, com os controladores, com o PMDB...
FHC devia aproveitar e negociar qualquer coisa com Lula, sei lá o quê, sei que cederá com certeza. No fundo, entendo que Lula nutre certo amor platônico por FHC!

COMEÇOU O DOMINÓ DO APAGÃO AÉREO...

Agência Estado
09/04/2007 - 20h01

Crise aérea provoca quatro demissões na Infraero
Brasília - A ameaça de abertura da CPI do Apagão Aéreo, alimentada por investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) com foco na Infraero, fez quatro vítimas hoje. De uma só tacada, por decisão do Conselho de Administração da Infraero, foram demitidos o diretor comercial da empresa, José Wellington Moura, e o superintendente de Planejamento e Gestão, Fernando Brendaglia, além dos advogados Napoleão Guimarães Neto e Márcia Gonçalves Chaves, ambos da Assessoria Jurídica.
As demissões ocorreram no auge de uma guerra de bastidor entre o ex-presidente da Infraero, deputado Carlos Wilson (PT-PE), que contratou Moura e Brandaglia, e seu sucessor no comando da empresa, brigadeiro José Carlos Pereira, que manteve a dupla no quadro de funcionários. Em meio ao fogo cruzado, a pauta da próxima reunião do conselho inclui uma licitação suspeita para a compra de 79 ônibus no valor de quase R$ 50 milhões, que o brigadeiro Pereira terá de explicar.
O motivo oficial da degola múltipla, sugerida pela Controladoria Geral da União (CGU), envolve cifras bem mais modestas - cerca de 0,02% do valor dos ônibus - e a comprovação de irregularidade em contrato da Infraero com a Shell Brasil S/A. O contrato em questão refere-se à concessão de uso de área para exploração de um posto de combustível nas dependências do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, e foi objeto de auditoria interna.
Christiane Samarco

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Entrevista

Seguem trechos da entrevista do novo ministro da justiça (Tarso Genro) e dirigente partidário chefe da polícia federal concedida à Veja. A revista pergunta em azul, o petista responde em vermelho e nós comentamos em preto. Recomendo aos leitores que economizem no óleo de peroba.


Veja – Seu antecessor era ligado ao PT, mas o senhor é o primeiro ministro da Justiça filiado ao PT e com uma história política vinculada ao partido. Há risco de, sob seu comando, a Polícia Federal virar uma polícia petista?
Genro –
O risco é zero. Desde a Constituição de 1988, os sucessivos governos foram profissionalizando cada vez mais a Polícia Federal. A margem de uso da polícia pelo poder político foi se estreitando cada vez mais. Portanto, repito: o risco é zero.

Inimigos - Risco zero de a polícia federal apurar qualquer coisa. Vejam vocês: o chefe da polícia federal é petista de carteirinha. Trata-se de um assinte. É uma aviso claro aos petistas e oposicionistas. Aos amigos tudo será permitido, aos inimigos, o peso da lei. A polícia é deles.


Veja – Claramente, há uma ala do PT querendo controlar a PF, manipulando inquéritos, investigações etc.
Genro – Políticos tentando instrumentalizar as instituições existem no PT, no PSDB, no PMDB. É recorrente. Não digo que sejam tentativas normais ou aceitáveis, mas apenas que são recorrentes. Portanto, sobre isso, não acho que o PT tenha feito nada de excepcional. O que posso afirmar é que todas essas tentativas são absolutamente equivocadas. Foram rechaçadas na gestão do Márcio Thomaz Bastos e serão rechaçadas na minha. Um dirigente do PT, sendo ministro da Justiça, precisa dar exemplo de comportamento republicano. É o que pretendo fazer.

Inimigos - Olha a cara-de-pau do rapaz. Ele mesmo se assume dirigente partidário e ministro da justiça! Só isso seria suficiente para derrubá-lo em qualquer democracia que se preze. Imaginem com que isenção ele vai comandar esse ministério e a polícia federal.


Veja – No primeiro mandato do presidente Lula, surgiram propostas para controlar a imprensa, a universidade, o Ministério Público, o cinema, a cultura. Essas tentações totalitárias podem voltar neste novo mandato?
Genro – Qualquer regulamentação do estado que venha a diminuir a circulação das idéias, que venha a estatizar e controlar a formação da opinião pública é antidemocrática. Não estou falando das propostas específicas que você mencionou, porque nem as conheço em detalhe, mas falando de uma questão de princípio. O estado deve interferir em apenas dois pontos na questão da informação. Primeiro, para garantir sua livre circulação. Segundo, para impedir que se torne veículo da criminalidade organizada, como algum órgão, digamos, fazendo promoção da pedofilia.

Inimigos - Ele tem que avisar isso ao seu partido. Petista é mesmo um ser interessante. Na hora de falar, é de uma forma, na hora de fazer, é de outra. Não admira que o petista-mor não tenha sequer confiabilidade para cumprir uma promessa.


Veja – Não se pode dizer que esse seja o pensamento do PT, não?
Genro – Gostaria de fazer uma reflexão sobre isso. Quando se fala de liberdades democráticas, a crítica que se faz ao PT é justa e ao mesmo tempo injusta. Vou me explicar. É justa porque o PT também se originou de organizações revolucionárias que defendiam a visão unitária do estado a partir da luta de classes. Mas a crítica é ao mesmo tempo injusta porque essa visão unitária do estado nunca foi hegemônica no PT. Hoje, é altamente minoritária, não tem nenhuma chance de vingar. É por isso, inclusive, que o PT vem sofrendo algumas dissidências. Dentro do partido, as visões mais tradicionalmente ligadas ao messianismo proletário tornaram-se cada vez menos expressivas. Hoje, independentemente de ranço ideológico aqui e ali, não há mais nenhum grupo no PT que defenda um projeto socialista compatível com a supressão das liberdades, com uma visão de dominação de classes, de estado classista. Além disso, só para fechar o raciocínio, a história nos ensina que, no Brasil, a violência contra as liberdades democráticas, contra a liberdade de imprensa, é coisa da direita, não do PT.

Inimigos - Nem poderia ser do PT mesmo, o PT nunca foi governo! Mas ao chegar lá, já mostrou o que quer. E o PT quer é TV pública, controle da mídia, da polícia federal, da imprensa, plebiscitos que não passam pelo parlamento, fiscais com poder de juiz etc, etc, etc.


Veja – O senhor elogiou há pouco a estabilidade democrática no governo FHC. Mas, em 1999, o senhor escreveu um artigo, intitulado "Por novas eleições presidenciais", no qual afirmava que a reeleição de FHC não era legítima e defendia que ele deixasse o cargo. O senhor se arrepende de ter escrito aquele artigo?
Genro – Na verdade, minha intenção com aquele artigo era fazer uma dura crítica às medidas econômicas tomadas logo no início do segundo mandato, em janeiro de 1999, que destruíram a âncora cambial da estabilidade. No artigo, coloquei taxativamente que o mandato de Fernando Henrique estava ilegitimado por aquele ato e, por decorrência, ele deveria convocar nova eleição. Meu objetivo foi fazer um duro ataque político, e não propor uma mobilização para interromper seu mandato. Na época, assim que leu o artigo, Lula me disse: "Esse seu artigo vai ser interpretado como um chamamento ao PT para fazer o impeachment. Seu artigo está errado". Lula tinha razão. Foi interpretado mesmo como se fosse um "fora FHC". A repercussão foi muito mais forte do que eu esperava. O conteúdo das críticas que está ali eu mantenho. Mas, se soubesse que teria sido apanhado como proposta de interrupção do mandato, eu não teria dado aquela forma.

Inimigos - Mais um retrato da síndrome petista. As palavras seguem um rumo, as atitudes seguem o rumo contrário.


Veja – Mas, dois meses depois, em outro artigo, o senhor chamou FHC de "o presidente fora-da-lei", pelo excesso de medidas provisórias, pela cooptação de deputados e pelo empenho em arquivar CPIs. Como Lula fez as mesmas coisas, ele também é um "presidente fora-da-lei"?
Genro – Dentro da normalidade democrática, acredito que as críticas à ilegitimidade do mandato são totalmente pertinentes, como foram pertinentes as críticas que a oposição fez ao presidente Lula. Naquela ocasião, apesar das críticas, Fernando Henrique conseguiu legitimar seu mandato, exatamente como fez o presidente Lula. O mérito da crítica está na disputa entre governo e oposição.

Inimigos - A oposição nunca gritou "Fora Lula". Ele poeria deixar de ser cínico e responder a questão.


Veja – Então, fica subentendido que a oposição critica tudo aquilo que ela mesma fará caso vire governo. Afinal, o presidente Lula abusa de medidas provisórias, coopta deputados e tentou impedir CPIs...
Genro – As situações podem ser análogas, as críticas são recorrentes e pertinentes, mas os resultados dos governos são diferentes. Primeiro, quem não legislar com medida provisória não governa. Isso não tira o direito de a oposição fazer crítica, mas o fato é que não governa. Em relação a CPIs, sabemos que existem as legítimas e as ilegítimas. É um direito da oposição pedir CPIs e é um direito do governo se opor a elas. E, quanto à cooptação de deputados, vivemos hoje uma situação-limite do sistema político. Os hábitos de formação de maioria são pré-republicanos. Hoje, as bases de sustentação de um governo são formadas por negociações regionais em cima de lideranças, não de partidos. O que o segundo governo do presidente Lula está fazendo é tentar modificar esse hábito, formando um governo com base num documento de coalizão política, valorizando os partidos – os partidos que temos, que são reais, que estão aí. Mudar isso, só com uma reforma política.

Inimigos - Tarso poderia contar a do papagaio. Alguém aí viu alguma coalizão baseada em projetos? Tenha paciência. O que se está assistindo é o maior loteamento da história. Menos demagogia, ministro.


Veja – O senhor apostaria um centavo na reforma?
Genro – Na reforma integral, não. A reforma política deve vir na seqüência da evolução pela qual a democracia vem passando. O próximo passo seria uma reforma política com fidelidade partidária, financiamento público de campanha e valorização dos partidos através de uma votação em lista.

Inimigos - Financiamento público já existe. O maior custo de uma campanha é o tempo de TV e esse somos nós que pagamos, mas eles querem mais. Voto em lista é o cúmulo. Vai distanciar ainda mais os eleitores dos eleitos.


Veja – Uma corrente do PT está empolgada com a tese de um terceiro mandato para o presidente Lula. Isso pode prosperar?
Genro – Se alguém do PT está pensando nisso, então está pensando contra o PT. Isso é contra o pensamento de 99% do PT, é contra o presidente da República e é um desserviço à democracia.

Inimigos - Hahahaha. Agora tá ficando hilário. A quem ele quer enganar? Dizer que 99% dos petistas são contra o terceiro mandato do Luis XIII! Eu teria terminado a entrevista nesse ponto. Não dá mais prá continuar a conversa. É muita cara-de-pau.


Veja – Em documentos internos, o PT defende que o presidente da República possa fazer consultas plebiscitárias diretas à população, sem passar pelo Congresso.
Genro – É uma discussão residual dentro do partido. Mas, de novo, é preciso levar em conta que essa idéia não prospera dentro do governo nem dentro do PT.

Inimigos - E essas idéias saem de onde, ministro? Do PSDB?


Veja – O senhor é a favor da anistia ao deputado cassado José Dirceu?
Genro – O governo não tem nenhuma posição sobre isso, não é uma questão governamental, não é uma questão do Ministério da Justiça. É uma questão hoje do José Dirceu e dos seus companheiros.

Inimigos - Quero lembrar ao ministro que os companheiros de Dirceu ocupam vários cargos estratégicos no governo Lula. Como esse assunto não é questão de governo?


Veja – O senhor já passou por outros três cargos, mas está no governo desde o primeiro dia do primeiro mandato. Qual foi seu maior aprendizado?
Genro – Foi compreender a complexidade de governar democraticamente o país. Eu achava que bastava ter uma maioria eleitoral, pois isso se refletiria nas questões do Parlamento. Mas é muito mais complexo. Outro aprendizado relevante é sobre decisões macroeconômicas. Sempre pensei que as mudanças macroeconômicas, para fazer uma retomada forte do crescimento, pudessem ser mais rápidas. Pensei que bastavam medidas administrativas diretas do presidente. Eu não contava com a diversidade real de interesses que existe na sociedade brasileira. E essa relação entre estabilidade e crescimento é muito mais complicada do que eu pensava.

Inimigos - Como era ingênuo e despreparado o nosso ministro!


Veja – A falta de segurança é, hoje, a principal preocupação do brasileiro. O que o senhor tem a dizer para o cidadão que anda com medo de sair às ruas?
Genro – Assumo o compromisso, em nome do governo e acima de qualquer relação partidária ou ideológica, de trabalhar com os estados e os municípios para que os cidadãos brasileiros voltem a ter prazer de sair às ruas com segurança. Hoje, com os escritórios integrados de segurança, com os programas sociais, com o aprimoramento da inteligência policial, é possível firmar um pacto federativo de segurança pública muito forte com estados e municípios. São questões tão universais que dificilmente serão partidarizadas.

Inimigos - Ele esqueceu de citar o bolsa-bandido que o PT do Rio está criando. Volto a dizer que o motor da violência é a impunidade e o minsitro, assim como o presidente, considera que a impunidade para quem tem menos de 18 anos deva ser total, absoluta e assegurada no código penal.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Lula - Um Homem de Palavra

A incompetência da esquerda brasileira tem muito a comemorar nos últimos dias. Em menos de uma semana, Luis XIII do PT conseguiu desmoralizar o comandante da aeronáutica diante da tropa e de todo o país. Na sexta-feira negra, o presidente determinou a Paulo Bernardo que fechasse um acordo com os controladores amotinados. Os termos do acordo foram amplamente divulgados: desmilitarização a ser iniciada na terça-feira, através de uma medida provisória; aumento dos salários por meio de gratificações; um encontro com o presidente e impunidade para os insurretos. Com o acordo assinado, os controladores voltaram ao trabalho.

Como ainda existe gente tão inocente a ponto de acreditar na palavra de Lula? Que o diga o subserviente Aldo Rebelo.

Lula já havia prometido fome zero, havia prometido a transposição do São Francisco, prometera a transnordestina, prometera o apoio a Aldo Rebelo, prometera 10 milhões de empregos... É mais do que evidente que a palavra do chefe da nação não vale mais do que uma cédula de três reais. Mas, "nunca na história deste país", um presidente havia quebrado sua promessa de maneira tão escancarada e cínica. Menos de 48 horas depois do acordo assinado, Lula já estava a chamar os controladores de irresponsáveis; negou-se a recebê-los; deixou o ministério público militar livre para perseguir os grevistas; recuou da desmilitarização rápida; esqueceu as propostas que fizera de gratificações...

Em um único episódio, Luís XIII desmoralizou o comandante da aeronáutica cedendo tudo o que o controladores queriam - se tivessem pedido dona Marisca, o molusco teria cedido -, em seguida Lula se desmoralizou, retirando tudo o que havia prometido. É muito incompetência institucional para pouco problema.

O que vai acontecer? Simples. Desta vez vou apostar, não só meu mindinho, aposto o braço todo como a greve vai voltar em questão de semanas. Nada se resolveu. Os controladores continuam insatisfeitos com as condições de trabalho. Trata-se de uma bomba relógio prestes a explodir. O problema, desta vez, é: quem será o negociador governamental? Waldir Pires nunca mandou nada, tanto assim que foi preterido nas negociações. O comandante da aeronáutica está desmoralizado e tem a obrigação militar de enquadrar os sargentos, portanto não pode e não deve negociar coisa alguma. Paulo Bernardo assinou um documento que virou letra morta. Lula esclareceu, através de Franklin Martins, que foi o próprio presidente quem determinou e consentiu com os termos do acordo não cumprido.

Este é o resultado da crise. Após desmoralizar todas as personagens de uma possível negociação, Lula terminou por se invalidar perante os controladores. Não há mais ninguém na escala de hierarquia que possa negociar a próxima insurreição. Se a paralisação ocorrer no domingo de Páscoa, restaria a Lula chamar o próprio Jesus ressucitado. Rezemos, pois.


terça-feira, 3 de abril de 2007

Deixa o Homem Viajar

Pela Folha online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que volta ao Brasil "certamente" com "nada" em termos de acordos efetivos, mas afirmou que a reunião de duas horas com George W. Bush foi "a mais produtiva" que teve com o colega americano.

"Eu quero dizer, presidente Bush, que de todas as reuniões que participei, em reuniões com o governo americano, esta foi a reunião mais produtiva", afirmou o presidente Lula, durante conferência de imprensa em Camp David (EUA), ao lado de Bush.

"Se alguém perguntar para mim: 'o que você está levando para o Brasil?' Certamente, eu direi: 'nada'. Agora, certamente, os acordos que nós assinamos hoje e os acordos que poderemos assinar daqui para adiante podem garantir, definitivamente, que as relações entre os Estados Unidos e o Brasil não só são necessárias, mas são estratégicas", acrescentou.

Deixa o homem viajar. Gastar nosso dinheiro com "nada" é o melhor que ele pode fazer. O problema é quando ele se mete a governar...Inclusive, fui informado que nesta semana ele marcou uma viagem para o Brasil. Podem esperar que vem lambança.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Tome IBGE!

Seu PIB anda cansado, desmotivado, sem forças para crescer? IBGE É A SOLUÇÃO !

Com IBGE seu pibinho vai se transformar num PIBÃO.

Chega de ostras, amendoim e jurubeba!

TOME IBGE!IBGE dá a seu PIB o que ele merece.

Você vai poder sair por aí, de cabeça erguida e orgulhoso, exibindo seu PIB novo, revigorado.

Com IBGE suas relações DÍVIDA / PIB serão mais saudáveis, menos perigosas e estressantes.

IBGE leva seu pibinho às alturas !

NÃO DEIXE PARA AMANHÃ! PEÇA HOJE MESMO IBGE AO SEU ECONOMISTA DE CONFIANÇA.

(Ao persistirem os sintomas, procure outro GOVERNO)