quarta-feira, 23 de maio de 2007

O Governo Petralha

Diletos leitores:
É impressionante a capacidade de escolha de nosso déspota de plantão, Sua Majestade Luís XIII.
Não bastassem os inúmeros escândalos do primeiro mandato, eis que, no alvorecer de sua nova gestão, movidos pelo PAC e pela montanha de dinheiro nele despejada, os tentáculos da maior "gang" nunca antes vista na história desse país começam a aparecer.
Não será necessário fazer nenhum exercício de memória, nem buscar nos giros e sulcos mais profundos de nosso encéfalo para lembrar de quantas pessoas do dito "primeiro escalão", gente da confiança de Sua Alteza Real, fizeram uso do dinheiro público em benefício próprio.
Sem muito esforço, posso citar alguns:
1. Benedita da Silva - Usou avião do governo para ir a um culto em Buenos Aires (deve ter feito umas comprinhas e comido um belo bife de chouriço também);
2. Luís Gunshiken - Usou verbas publicitárias para a confecção de cartilhas que nunca apareceram, entre outras coisinhas;
3. Antônio Pallocci - Frequentava a "casa do lobby", onde junto com outras "companhêro" se deleitava com as prostitutas da cafetina Mary Jane Corner (acho que o nome da quenga era esse, me corrijam se estiver errado); Quando foi denunciado, abusou do poder para quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo;
4. José Dirceu - O chefe do mensalão;
5. Márcio Tomaz Bastos - O ex-ministro da Justiça tentou calar o delegado da polícia federal que descobriu a farsa do sossiê anti-tucano;
6. Silas Rondeau - A bola da vez, é suspeito de ter recebido R$ 100 mil de propina da construtora Gautama.

Meus amigos, citei apenas e tão somente os ministros do apedeuta de que lembrei, sem mencionar a turma dos escalões inferiores, senão esse post ficaria impossível de ler, de tão longo.
Os "caras de pau" do governo, como o ministro Mares Guia, cuidam apenas de afirmar que o país vai muito bem, que é só observar os indicadores econômicos, mas esquece de dizer que esse governo surfa numa onda talvez nunca antes vista na economia mundial, e que as bases da política econômica hoje em vigor foram edificadas ainda no governo Irtamar e consolidadas nos governos de Fernando Henrique Cardoso.
Vivemos uma farsa sem precedentes, em que o salafrário mor, como sempre, duvida do que a própria polícia federal apura, acredita sempre que o pistoleiro, ladrão, corrupto, biltre, cafajeste e amoral descoberto com a mão na massa é inocente, apesar de todas as evidências.
Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos, na década de 1970, foi obrigado a renunciar para não ser deposto pelo congresso, no famoso escândalo de Watergate, pelo fato de ter mandado colocar escutas na sede do partido Democrata.
O ex-Chanceler da Alemanha, Helmut Kohl, renunciou ao cargo depois que vazou a informação de que seu partido tinha recebido dinheiro pelo caixa dois em campanha.
Bill Clinton foi alvo de uma das maiores investigações da história, perseguido duramente pelo promotor Kennet Star porque recebeu um boquete de Mônica Lewinski, aquela gorda horrorosa que era estagiária na Casa Branca.
Se fôssemos um país sério, se nosso povo se desse valor, o molusco já tinha suicidado, porque nem a renúncia ou a cassação podem apagar o mal que este senhor e seus capangas têm feito, uma vez que nossos filhos estão crescendo observando o exemplo de que roubar nada tem de errado.
Triste futuro nos espera meus amigos.
A conta será cobrada um dia, não esqueçam que não existe almoço gratis.

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