sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

GLÓRIA, GLÓRIA, ALELUIA

Finalmente pude ouvir de alguém o que há muito esperava: o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), em entrevista ao programa CBN Brasil na última semana, falando sobre a "refundação" do PFL e da sua nova denominação (PD - Partido Democrata), teve a coragem que faltou aos tucanos na última campanha presidencial, defendendo, com todas as letras, um estado mínimo, enfatizando os inúmeros benefícios trazidos pelo processo de privatização implantado nos governos FHC I e II.
Aleluia fez um verdadeiro contraponto ao discurso estatizante e centralizador petista, mostrando que o PFL (ou PD) vai mostrar-se como uma agremiação que defenderá uma presença menor do estado na vida dos cidadãos, apregoando as vantagens que a iniciativa privada tem ao fazer o que melhor sabe: negócios.
Não cabe ao estado negociar. Vender, o que quer que seja, é tarefa para profissionais, gente que trabalha para o crescimento da empresa e, em consequencia, para o crescimento pessoal, e não o contrário, como em terras tupiniquins.
Ou você conhece algum exemplar funcionário público que se preocupa com o crescimento da estatal em que trabalha antes de pensar em si? Vide a política sindical em vigor, o domínio dos fundos de pensão pelos petitas e a forma como as coisas são encaradas pelos nossos diletos profissionais.
Não pensem que estou sendo xiita, radical, sei que há (graças a Deus), bons valores no serviço público, mas é inegável que estes são exceção.
Também pudera, com estabilidade no emprego, quinquenios, decenios, anuenios, licenças prêmios e aposentadoria integral ainda jovem (55 anos é bem pouco para um aposentado, não?), quem precisa se preocupar em desenvolver-se enquanto profissional, em aprimorar-se na profissão?
O estado, senhores, no Brasil, é o paraíso dos acomodados.
Como muito bem colocou o amigo Melcíades no post anterior, como defender a idéia de um país ser dono de Bancos, Empresas de correspondência, Petrolíferas e até, pasmem os senhores, Seguradoras (Alías, o IRB - Instituto de Resseguros do Brasil tem sido um dos paraíso das aves de rapina da política nacional)?
O super-estado aparece, exuberante, como o maior empregador do país, mas falha clamorosamente onde não poderia, sob qualquer hipótese fazê-lo: Saúde, Educação e Segurança, que são verdadeiras piadas no Brasil. Mas o povo, sempre ele, prefere a esmola do bolsa-família e seus congêneres. Aqui, mais valor tem o cara que faz o sopão e distribui na periferia (e depois se elege vereador), do que a empresa (ou empresário) que emprega vários funcionários.
De qualquer modo, pelo menos um alento, Aleluia, alguém abriu a boca contra esse estado de coisas.
P.S.: A Vale do Rio Doce, em 4 meses, (out/2006 a Jan/07), teve suas ações valorizadas em 50%. Como seria se fosse ainda uma estatal, gerida por algum churrasqueiro????
P.S.2: Bem que o PFL poderia ter mudado para Partido Republicano (com esse discurso...)
Antônio Henriques de França Neto

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