Pelo Estadão
Para Lula, houve calúnia no mensalão
Presidente compara acusações com perseguição a bispos
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou na segunda-feira as acusações contra os mensaleiros e todos os que foram investigados por corrupção, nos escândalos registrados ao longo de seu primeiro mandato, aos processos de “difamação” a que, no regime militar (1964 a 1985), foram submetidos o arcebispo emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, e d. Helder Câmara (1909-1999), arcebispo de Olinda e Recife. “Passaram-se os anos e as calúnias levantadas contra essas pessoas nunca foram provadas”, afirmou o presidente, em resposta a uma pergunta sobre “questões éticas” feita pelo padre César Moreira, da Rádio Aparecida.
Na entrevista a um pool da Rede Católica de Rádio, na segunda de manhã, no Palácio do Planalto, o padre Moreira disse que “houve uma certa frustração no modo como o governo tratou, no mandato passado, a questão dos escândalos”. E arrematou: “O senhor acha que fez tudo o que devia?”
Ele se referia às acusações de pagamento de mesada a parlamentares para que votassem propostas de interesse do Planalto. O esquema foi alvo de duas CPIs no Congresso, a dos Correios e a dos Bingos, e provocou a queda do ministro da Casa Civil, José Dirceu, acusado de comandar o esquema, e de outros auxiliares de Lula.
Deputado, Dirceu também teve seu mandato cassado pela Câmara, assim como Roberto Jefferson (PTB-RJ), que fez as primeiras denúncias sobre o escândalo. O procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia contra 40 pessoas, entre políticos e empresários. Ele apontou Dirceu como “o chefe do organograma delituoso” e três ex-dirigentes petistas - José Genoino, eleito deputado em 2006, Delúbio Soares e Sílvio Pereira - como integrantes do “núcleo principal da quadrilha”.
Na entrevista, de que participaram a presidente da Rede, irmã Helena Corazza, e mais três profissionais das Rádios Aparecida, Nova Aliança de Brasília e Difusora de Goiânia, Lula disse que “o presidente da República não é policial nem tem papel de juiz”. Ele afirmou, ainda, que a Justiça é que vai decidir quem é ou não culpado nos escândalos.
Apesar disso, acrescentou sua opinião. “Na verdade teve muitas coisas que foram colocadas a público sem nenhuma veracidade, sem nenhuma prova, sem nenhum argumento que pudesse dizer: isso é verdadeiro.” Depois de afirmar que “o governo tem feito aquilo que é correto fazer”, Lula encerrou a resposta à Rádio Aparecida com a comparação com d. Paulo Evaristo e d. Helder. “Os caluniadores não querem provas, eles só querem caluniar”, disse, mostrando acreditar que seu governo foi vítima de calúnias.
Para Lula, houve calúnia no mensalão
Presidente compara acusações com perseguição a bispos
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou na segunda-feira as acusações contra os mensaleiros e todos os que foram investigados por corrupção, nos escândalos registrados ao longo de seu primeiro mandato, aos processos de “difamação” a que, no regime militar (1964 a 1985), foram submetidos o arcebispo emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, e d. Helder Câmara (1909-1999), arcebispo de Olinda e Recife. “Passaram-se os anos e as calúnias levantadas contra essas pessoas nunca foram provadas”, afirmou o presidente, em resposta a uma pergunta sobre “questões éticas” feita pelo padre César Moreira, da Rádio Aparecida.
Na entrevista a um pool da Rede Católica de Rádio, na segunda de manhã, no Palácio do Planalto, o padre Moreira disse que “houve uma certa frustração no modo como o governo tratou, no mandato passado, a questão dos escândalos”. E arrematou: “O senhor acha que fez tudo o que devia?”
Ele se referia às acusações de pagamento de mesada a parlamentares para que votassem propostas de interesse do Planalto. O esquema foi alvo de duas CPIs no Congresso, a dos Correios e a dos Bingos, e provocou a queda do ministro da Casa Civil, José Dirceu, acusado de comandar o esquema, e de outros auxiliares de Lula.
Deputado, Dirceu também teve seu mandato cassado pela Câmara, assim como Roberto Jefferson (PTB-RJ), que fez as primeiras denúncias sobre o escândalo. O procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia contra 40 pessoas, entre políticos e empresários. Ele apontou Dirceu como “o chefe do organograma delituoso” e três ex-dirigentes petistas - José Genoino, eleito deputado em 2006, Delúbio Soares e Sílvio Pereira - como integrantes do “núcleo principal da quadrilha”.
Na entrevista, de que participaram a presidente da Rede, irmã Helena Corazza, e mais três profissionais das Rádios Aparecida, Nova Aliança de Brasília e Difusora de Goiânia, Lula disse que “o presidente da República não é policial nem tem papel de juiz”. Ele afirmou, ainda, que a Justiça é que vai decidir quem é ou não culpado nos escândalos.
Apesar disso, acrescentou sua opinião. “Na verdade teve muitas coisas que foram colocadas a público sem nenhuma veracidade, sem nenhuma prova, sem nenhum argumento que pudesse dizer: isso é verdadeiro.” Depois de afirmar que “o governo tem feito aquilo que é correto fazer”, Lula encerrou a resposta à Rádio Aparecida com a comparação com d. Paulo Evaristo e d. Helder. “Os caluniadores não querem provas, eles só querem caluniar”, disse, mostrando acreditar que seu governo foi vítima de calúnias.
Inimigos
Seria cômico se não fosse trágico. O presidente acusa de calúnia um país inteiro e ainda compara o caso com o que aconteceu na ditadura. Deixem-me ver se entendi. A ditadura agora é feita pelo povo e a opinião pública e o massacrado é ele, o Presidente da República eleito por esse mesmo povo opressor. Essas piadas presidenciais estão perdendo a graça pelo seu tom sinistro. É preocupante, no mínimo, termos um governo que é vítima daqueles que o tornaram governo e dão apoio a tudo que é besteira que este mesmo governo produz ou deixa de produzir. Eu não entendo como o Bananeiro-mor pode pensar que somos tão idiotas assim. Se ele realmente acreditasse no que diz, renunciaria hoje mesmo. Ou melhor, se ele acreditasse no que diz pensar, ele não teria participado das eleições em 2006. Presidente, conserte seus erros, renuncie. O Papa está chegando, é um excelente momento para isto: consertar seus erros.
"Nunca se viu antes neste país" tantos lulas povoando esse Brasil!
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