O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou nesta quinta-feira, 3, nacionalizar a siderúrgica Sidor, se a empresa não aceitar mudanças na política de distribuição de aço. Ele fez o mesmo alerta aos bancos privados, se esses não investirem mais no país. A Sidor é uma subsidiária da Ternium, que tem entre seus acionistas a brasileira Usiminas.
O presidente lançou, neste ano, um amplo programa de nacionalizações, abrangendo setores de telecomunicações, eletricidade e hidrocarbonetos, como parte da implementação de sua revolução socialista.
Chávez disse que a Sidor deve produzir e garantir o abastecimento ao mercado interno, "a um baixo custo".
"Se eles não aceitam, não aceitam desde já mudar esse procedimento, então vão me obrigar a nacionalizá-la", disse Chávez durante uma solenidade no Estado de Carabobo, oeste do país.
O governante acusou a companhia de se apropriar de matéria-prima da Venezuela, enquanto as empresas locais se vêem obrigadas a importar produtos. Entretanto, o presidente esclareceu seus comentários iniciais, explicando que preferiria não ir contra a Sidor, por ser uma empresa de capital oriundo da América Latina.
"As forças produtivas da América Latina deveriam se unir. Mas não nos unimos para que nos explorem", disse ele.
Chávez também ameaçou nacionalizar bancos privados se eles não concederem financiamentos baratos ao setor produtivo nacional.
O presidente disse que os bancos "têm que dar prioridade ao financiamento de baixo custo aos setores industriais da Venezuela".
"Se os bancos privados não quiserem cumprir com isso, é melhor que saiam, é melhor que nos entreguem os bancos, nacionalizaremos e colocaremos todos para trabalhar para o desenvolvimento integral do país", disse Chávez.
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