Reinaldo Azevedo fez uma boa recapitulação do que ocorreu no último ano entre Brasil e Bolivia. Vale a pena ler.
Pelo Blog do Reinaldo Azevedo
A memória de Tio Rei o trai ou, quando o Apedeuta negociou, com a faca no pescoço, o preço do gás, foi chamado por alguns analistas isentos de grande estrategista?
É de novo a minha memória bandida que me trai, ou o Apedeuta chamava o índio de araque de “meu querido Evo”? Estaria eu enganado, ou o Babalorixá ofereceu à Bolívia uma linha de crédito do BNDES logo depois de seu “querido” ter ocupado as instalações da Petrobras com soldados do Exército?
Estou delirando, e isto não aconteceu, ou o grande líder de si mesmo da América Latina afirmava que o Brasil, como país mais rico, estava apenas ajudando um país pobre e, assim, cumprindo uma obrigação?
É uma falsa memória a que tenho, ou, até havia outro dia, a Petrobras anunciava a sua disposição de ampliar os investimentos na Bolívia?
Bem, vocês sabem: as indagações acima são apenas retóricas. Uma rápida pesquisa na Internet vai deixar claro que tudo isso aconteceu. E qual é a realidade desta terça-feira? O governo brasileiro aguarda uma resposta do governo boliviano para saber de sua disposição de, vejam só, comprar de volta as duas refinarias da Petrobras boliviana. Tudo o que parecia uma fina estratégia, agora, desmorona. O governo do índio quer pagar meros US$ 60 milhões — embora ambas tenham sido adquirida, em 1999, em leilão, por US$ 104 milhões. É formidável: uma das acusações do governo boliviano é a mesma que a esquerda brasileira faz aqui: as empresas teriam sido vendidas a preço de banana. Só que, para reavê-las, eles querem pagar pouco mais da metade do que custaram as... bananas, apesar de todo o investimento feito em oito anos. A empresa diz que entrega tudo por US$ 136 milhões.
O presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, agora diz que o Brasil não pensa mais em investir no país do “querido companheiro” e anuncia a disposição de recorrer à arbitragem internacional se o governo boliviano tornar as coisas ainda mais difíceis. Evo já disse que o Brasil deveria simplesmente doar as duas refinarias. Por que tudo isso? No domingo, o “querido Evo de Lula” assinou um decreto que concede à estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país.
Na prática, trata-se da expropriação da Petrobras. E, parece, ficou claro que já não há mais nada a negociar.
Pelo Blog do Reinaldo Azevedo
A memória de Tio Rei o trai ou, quando o Apedeuta negociou, com a faca no pescoço, o preço do gás, foi chamado por alguns analistas isentos de grande estrategista?
É de novo a minha memória bandida que me trai, ou o Apedeuta chamava o índio de araque de “meu querido Evo”? Estaria eu enganado, ou o Babalorixá ofereceu à Bolívia uma linha de crédito do BNDES logo depois de seu “querido” ter ocupado as instalações da Petrobras com soldados do Exército?
Estou delirando, e isto não aconteceu, ou o grande líder de si mesmo da América Latina afirmava que o Brasil, como país mais rico, estava apenas ajudando um país pobre e, assim, cumprindo uma obrigação?
É uma falsa memória a que tenho, ou, até havia outro dia, a Petrobras anunciava a sua disposição de ampliar os investimentos na Bolívia?
Bem, vocês sabem: as indagações acima são apenas retóricas. Uma rápida pesquisa na Internet vai deixar claro que tudo isso aconteceu. E qual é a realidade desta terça-feira? O governo brasileiro aguarda uma resposta do governo boliviano para saber de sua disposição de, vejam só, comprar de volta as duas refinarias da Petrobras boliviana. Tudo o que parecia uma fina estratégia, agora, desmorona. O governo do índio quer pagar meros US$ 60 milhões — embora ambas tenham sido adquirida, em 1999, em leilão, por US$ 104 milhões. É formidável: uma das acusações do governo boliviano é a mesma que a esquerda brasileira faz aqui: as empresas teriam sido vendidas a preço de banana. Só que, para reavê-las, eles querem pagar pouco mais da metade do que custaram as... bananas, apesar de todo o investimento feito em oito anos. A empresa diz que entrega tudo por US$ 136 milhões.
O presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, agora diz que o Brasil não pensa mais em investir no país do “querido companheiro” e anuncia a disposição de recorrer à arbitragem internacional se o governo boliviano tornar as coisas ainda mais difíceis. Evo já disse que o Brasil deveria simplesmente doar as duas refinarias. Por que tudo isso? No domingo, o “querido Evo de Lula” assinou um decreto que concede à estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país.
Na prática, trata-se da expropriação da Petrobras. E, parece, ficou claro que já não há mais nada a negociar.
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