segunda-feira, 19 de março de 2007

Bolsa-bandido

Nunca pensei que fosse viver o suficiente para escrever um post como esse, mas no Brasil, realmente, tudo é possível. Acompanhe conosco a triste matéria que saiu ontem no jornal O GLOBO. O texto vai em azul. Comentários em preto, como de costume.

Além de criar uma força-tarefa para sanear o problema das unidades de internação dos menores infratores, o governo estadual [do Rio de Janeiro], vai apostar na reconstrução dos laços familiares para ressocializar estes jovens. Até o fim de julho, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos pretende lançar um programa de auxílio para os parentes para os mais de 1800 adolescentes, que atualmente, estão sob a guarda do Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas (DEGASE). Está prevista a inclusão dos familiares carentes no bolsa família do governo federal.

-Temos que entender que o contexto familiar pode não ser determinante para um erro, mas, com certeza, é para o acerto. Por trás da vida destes garotos, há quase sempre uma família desestruturada principalmente pela pobreza - afirma a subsecretária estadual de assistência social e descentralização da gestão, Nelma de Azeredo.

Vocês não leram errado! Nelma de Azeredo é subordinada de Benedita da Silva. As inteligentes figuras irão instituir o bolsa-bandido. Funciona assim: se você é pobre e decente, vai ter que trabalhar para ganhar dinheiro, mas se seu filho for marginal, você recebe o bolsa-bandido. O dinheiro dos seus impostos vai premiar famílias como as dos assassinos do João Hélio.

Agora, imagine-se como sendo a vizinha de uma beneficiária do bolsa-bandido. Você fez tudo direito, educou seus filhos, ensinou o certo e o errado. Sua vizinha, que só fazia beber e não ligava para a prole, tem um filho assaltante e é presenteada com R$90,00 todos os meses. O que você ficaria pensando? Eu penso que o crime compensa.

Caso as famílias não se encaixem no programa, Nelma não descarta a criação de outro tipo de auxílio:

-É uma hipótese remota, mas, se identificarmos uma necessidade de repasse de renda e os familiares não tiverem perfil para o programa federal, nada nos impede de criar outro projeto de ajuda financeira.


- O atendimento à família tem de ser igual para todos. Se o menor matou, feriu ou roubou, isto foge à esfera da assistência social.

Por que petista tem essa idéia discriminatória de achar que pobreza forma bandidos?! Todo mundo conhece pobre honesto e rico bandido. Só existem mais pobres no crime porque existem mais pobres do que ricos no Brasil. O motor da criminalidade é a impunidade e não a pobreza. Recomendo nosso post de alguns dias atrás.
http://inimigosdopt.blogspot.com/2007/03/sem-luz-no-fim-do-tnel.html


Simone Moreira, coordenadora de defesa dos direitos da criança e do adolescente da defensoria pública, elogiou a iniciativa.

-É uma das melhores medidas dos últimos tempos.

Ha,ha,ha,ha. É piada. Mesmo correndo o risco de ser repetitivo, vou citar o caso João Hélio. As coisas ficariam assim: a família da vítima vai ter que se contentar com a dor, a impunidade, a violência, a perda e a revolta de saber que a família do infrator vai ser premiada com o dinheiro dos seus impostos. Ou seja, a vítima vai pagar impostos para os bandidos! É a revolução social brasileira implantada pelo PT. Sinceramente, como alguém pode ser tão condescendente com o crime para premiá-lo castigando a vítima? Que lição este partido está oferecendo à sociedade? Até a China vai ficar melhor que a gente. Lá, se alguém é condenado à pena capital, é a família do criminoso que paga a bala que lhe perfurará o crânio. Por estas bandas, o criminoso ganha um bolsa-bandido e a família da vítima é quem paga a mesada.

Durma-se com um barulho desses.


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